13/08/2024 às 09h25min - Atualizada em 13/08/2024 às 09h25min

Preços do suíno vivo e da carne registram alta contínua por três meses

Exportações históricas impulsionam valorização, enquanto a competitividade da carne suína frente às concorrentes diminui

- Da Redação, com Cepea
Foto: reprodução

Os preços do suíno vivo e da carne suína no Brasil têm registrado alta consistente por três meses consecutivos. Em julho, os preços continuaram elevados na maior parte do mês, com alguns recuos no final da segunda quinzena em algumas regiões. O preço médio do suíno vivo chegou a R$ 7,68/kg na região SP-5 (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba), marcando um aumento significativo de 10,1% em relação a junho, o maior valor desde abril de 2021, em termos reais. Em Arapoti (PR), o preço médio foi de R$ 7,80/kg, o mais alto desde fevereiro de 2021, com uma alta de 10,7% sobre o mês anterior.

 

No atacado da Grande São Paulo, a carcaça especial suína foi negociada a R$ 11,34/kg, um avanço de 9,9% em relação a junho e a maior média real desde fevereiro de 2023. Esse desempenho reflete a alta demanda por novos lotes de suínos para abate, tanto no mercado interno quanto no externo.

 

Em julho, o Brasil alcançou recordes históricos nas exportações de carne suína, com 137,1 mil toneladas embarcadas, superando o recorde anterior de 114,7 mil toneladas registrado em agosto de 2022. As exportações foram 29,4% superiores a junho e 31,5% maiores do que em julho do ano passado. A receita com essas exportações somou R$ 1,7 bilhão, um aumento expressivo de 35,5% em relação a junho e 43,5% superior ao ano passado. As Filipinas emergiram como o principal importador da carne suína brasileira, superando a China pela primeira vez. As exportações para as Filipinas quase dobraram em julho, totalizando 27,2 mil toneladas.

 

Apesar da alta nos preços da carne suína, a competitividade da proteína frente a suas concorrentes, como a carne bovina e o frango, diminuiu. A carcaça especial suína teve uma alta de 9,9% em relação ao mês anterior, enquanto o frango inteiro resfriado caiu 2,6% e a carcaça casada bovina subiu 2,4%. A diferença de preços entre a carne suína e a bovina reduziu-se em 12,2%, enquanto a diferença em relação ao frango aumentou 34,8%, evidenciando uma menor competitividade da carne suína no mercado.

 

 


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