Uma greve iniciada por trabalhadores da indústria de oleaginosas da Argentina paralisou os embarques de soja nos portos locais, informou a Câmara de Portos e Atividades Marítimas (CAPyM) nesta quarta-feira, 7. O movimento começou na terça-feira e envolve dois sindicatos do setor, que não conseguiram chegar a um acordo com as empresas em uma reunião sobre melhores salários, devido à alta inflação.
A Argentina, um dos principais fornecedores globais de soja processada — utilizada tanto em alimentos quanto em biodiesel —, viu suas operações interrompidas em portos que abrigam fábricas de processamento de soja. Guillermo Wade, diretor da CAPyM, confirmou que os portos afiliados aos sindicatos estão fora de operação, enquanto aqueles não afiliados continuam funcionando normalmente.
Dos principais centros de embarque agrícola do país, localizados ao norte de Rosário, no rio Paraná, apenas dois portos não possuem fábricas de esmagamento de soja: um pertencente à Archer Daniels Midland e o outro à ACA. Mais de 80% das exportações argentinas de grãos e derivados são processadas em portos da região, incluindo instalações operadas por Cargill e Bunge.