A discussão da revisão do Plano Diretor da capital paulista não tem de ser política, mas técnica, segundo o secretário municipal de Urbanismo e Licenciamento de São Paulo, Cesar Azevedo. “Estamos fazendo o diagnóstico técnico e partimos para uma discussão com a sociedade civil”, disse o secretário, ele disse na Convenção Secovi-SP. O setor de incorporação pleiteia que haja várias mudanças nas regras.
Segundo Azevedo, no primeiro dia do mandato, o prefeito Bruno Covas, morto em maio deste ano, afirmou que a grande missão de seu mandato seria “entregar moradia a quem precisa, combatendo o espraiamento, a expulsão da classe menos favorecida para os extremos quando os empregos estão na região central”.
As discussões foram divididas pelos temas meio ambiente, mobilidade urbana, habitação, política urbana e desenvolvimento econômico e social. “O objetivo do Plano Diretor é tornar a cidade de São Paulo uma cidade inclusiva. Com a pandemia, quem mais sofreu, mais morreu, mais precisou do poder público é quem está fora do Centro expandido da cidade”, disse o secretário.
Uma das diretrizes do Plano Diretor, segundo Azevedo, é inserir as pessoas na cidade. “O processo de revisão do Plano Diretor deveria ser constante e não apenas a cada quatro anos”, disse ele. O secretário ressaltou que, entre os pontos que precisam ser pensados, estão como reduzir o tempo em que as pessoas que moram nas periferias passam no transporte público e como revitalizar o Centro da capital paulista.
Azevedo afirmou que a verticalização e o adensamento têm de acontecer onde há mais infraestrutura. “Temos de incentivar ainda mais a produção de habitação popular também onde há transporte público”, afirmou.