A Secretaria de Comércio Exterior (Secex) informou que o volume embarcado de milho não moído (exceto milho doce) alcançou 1.582.486,9 toneladas. Esse volume representa apenas 37,4% do total exportado em julho do ano passado, que foi de 4.230.622,7 toneladas.
A média diária de embarques nos primeiros 15 dias de julho de 2024 foi de 105.499,1 toneladas, uma queda de 47,6% em relação à média diária de julho de 2023, que foi de 201.458,2 toneladas. De acordo com Enilson Nogueira, analista da Céleres Consultoria, o programa de exportação brasileiro de milho em 2024 será menor do que em 2023 devido à menor oferta interna e ao cenário competitivo no mercado global.
"Temos uma oferta menor, os Estados Unidos vêm produzindo bem e podem ter alguma demanda de final de semestre direcionada para eles, a Argentina produziu bem este ano. Temos um cenário muito competitivo na oferta mundial, o que resulta em preços menores e mais facilidade para os destinos encontrarem as origens", explica Nogueira.
Apesar da diminuição atual, o analista ainda espera bons embarques de milho brasileiro nos próximos meses. "Nas últimas semanas, o programa andou um pouco mais. A perspectiva de nomeações de navios para agosto, setembro e outubro aumentou, indicando uma demanda firme para as exportações de milho do Brasil", afirma Nogueira.
Em termos de faturamento, o Brasil arrecadou US$ 313,855 milhões até agora, contra US$ 1,035 bilhão em todo julho de 2023. Isso representa uma queda de 57,6% na média diária, que ficou em US$ 20,923 milhões por dia útil em comparação com os US$ 49,319 milhões de julho do ano anterior. O preço médio pago pela tonelada de milho brasileiro caiu 19%, de US$ 244,80 em julho de 2023 para US$ 198,30 na segunda semana de julho de 2024.