18/07/2024 às 07h57min - Atualizada em 18/07/2024 às 07h57min

​La Niña pode desafiar plantio no Brasil

Fred Almeida - Da redação, com Agrolink
Foto: reprodução
O fenômeno climático La Niña está prestes a impactar significativamente a agricultura brasileira. Conhecido por alterar padrões de temperatura e precipitação, o La Niña deve afetar as safras de soja e trigo no Brasil a partir do segundo semestre do ano. Para mitigar os impactos, agricultores e pecuaristas devem se preparar para o fenômeno. 

Caracterizado pelo resfriamento das águas do Oceano Pacífico, o La Niña já está em andamento, segundo modelos meteorológicos. As temperaturas nas regiões costeiras do Equador e do Peru estão abaixo do normal, sinalizando a transição para este fenômeno. No entanto, as porções centrais do Pacífico ainda mostram características do El Niño, que se dissipa desde meados de maio. Após esse período, vivemos uma fase de neutralidade de dois a três meses antes que o La Niña se estabeleça oficialmente.

A previsão é que o La Niña se instale por volta de agosto, chegando a tempo de influenciar o plantio da safra 2024-25 de soja no Brasil. Este fenômeno pode atrasar o início da temporada de chuvas no Centro-Oeste, a maior região produtora de soja do país. Tradicionalmente, a época de plantio começa em meados de setembro, mas a extensão do período seco até novembro pode forçar muitos agricultores a adiar o plantio ou a enfrentar riscos de perdas de produtividade nas primeiras áreas semeadas. Para o trigo, a expectativa é que o La Niña também prejudique as janelas de plantio em 2024, embora o impacto específico ainda precise de mais monitoramento e análises detalhadas.

As condições climáticas associadas ao La Niña não são ideais para a agricultura, mas tendem a ser menos severas em Mato Grosso, o maior produtor de soja do Brasil, em comparação com o padrão do El Niño. No entanto, a situação é mais incerta no Sul do Brasil, onde os efeitos do La Niña podem variar significativamente, exigindo uma atenção redobrada dos produtores locais.

Os agricultores brasileiros precisam estar atentos e preparar estratégias para mitigar os possíveis impactos negativos deste fenômeno climático, que pode desafiar seriamente a produção agrícola nacional nos próximos meses.


 

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