27/06/2024 às 09h10min - Atualizada em 27/06/2024 às 09h10min

Brasil exporta sete vezes mais soja para a China do que os EUA em junho

Embarques brasileiros para o gigante asiático superam em 2,5 vezes os dos norte-americanos de janeiro a maio

- Da Redação, com Canal Rural
Foto: Reprodução

Os embarques de soja brasileira em junho foram projetados pela Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) em 14,88 milhões de toneladas, um aumento de 8% em relação aos 13,78 milhões de toneladas exportadas no mesmo período de 2023. No cenário atual, o Brasil exportou sete vezes mais soja para a China do que os Estados Unidos.

 

Dados recentes da Hedgepoint Global Markets indicam que as importações chinesas de soja dos Estados Unidos em junho triplicaram, alcançando 1,27 milhão de toneladas em comparação às 0,49 milhão de toneladas do ano anterior. No entanto, o Brasil exportou 8,8 milhões de toneladas de soja para a China, representando quase 90% do total das importações chinesas, que somaram 10,22 milhões de toneladas em junho. Esse volume é sete vezes maior que o dos Estados Unidos.

 

De janeiro a maio, os embarques brasileiros para a China totalizaram 24,71 milhões de toneladas, um aumento de 23% em relação ao ano anterior. Em contraste, as exportações norte-americanas totalizaram 10,85 milhões de toneladas, uma queda de 34% em comparação ao mesmo período do ano passado. A China também importou 0,2 milhão de toneladas de soja da Argentina no mesmo período.

 

Os Estados Unidos estão enfrentando o programa de exportação de soja mais lento dos últimos 20 anos, com agricultores retendo os grãos na esperança de melhores preços. Ignacio Espínola, analista de Inteligência de Mercado da Hedgepoint Global Markets, explica que os compradores chineses estão aproveitando os bons preços e a grande oferta brasileira, o que dá ao Brasil uma vantagem competitiva em relação aos Estados Unidos.

 

“Os compradores chineses estão aproveitando os bons preços e a grande oferta brasileira, o que dá ao país uma vantagem competitiva em relação aos norte-americanos”, considera Espínola. Segundo ele, a tendência é que as vendas de soja brasileira continuem crescendo devido aos preços competitivos em comparação aos dos Estados Unidos.

 

Espínola destaca que a China tem comprado grãos para junho e julho em um ritmo mais alto do que nos últimos anos. “Isso afeta negativamente os norte-americanos, que estão tentando vender sua safra antiga, mas afeta positivamente o Brasil, onde a atividade nos principais portos de Paranaguá, Santos e Itaqui está nos níveis máximos da temporada”, conclui.

 

 


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