20/06/2024 às 08h32min - Atualizada em 20/06/2024 às 08h32min

​Inverno começa hoje e La Niña muda clima a partir de outubro em todo país

Nova estação tem início nesta quinta-feira às 17h51 (horário de Brasília) e deve sofrer influência do fenômeno La Niña

- Da Redação, com Canal Rural
Foto: reprodução
Nesta quinta-feira (20), às 17h51, pelo horário de Brasília, começa oficialmente o inverno. Para este ano, espera-se que a nova estação seja marcada pela influência do fenômeno climático La Niña. Diferentemente do ano passado, quando o El Niño causou ondas de calor no Brasil.

Durante o inverno de 2024, o Oceano Pacífico passará da fase neutra para o fenômeno La Niña. A expectativa é que essa transição ocorra entre julho e agosto. Mesmo antes da configuração oficial do fenômeno, alguns efeitos já poderão ser percebidos na atmosfera a partir de julho.

No Atlântico tropical, as águas ainda estarão aquecidas no começo do inverno, principalmente ao largo da faixa litorânea entre o Rio Grande do Norte e Espírito Santo. Porém, ao longo da estação essas águas tenderão a se resfriar gradualmente.

Já no Atlântico subtropical próximo à costa de Santa Catarina até o Rio de Janeiro, haverá um aquecimento lento durante o inverno. Isso ocorre em função do escoamento de ar quente vindo do interior para essas regiões. Em alguns períodos com esse escoamento persistente pode ocorrer ressurgência no litoral paulista e fluminense favorecendo nevoeiros marítimos.

Inverno em cada região

Sul

O Sul terá um inverno com potencial para chuvas volumosas especialmente no Rio Grande Sul por conta dos bloqueios atmosféricos atuantes na área central e leste do país até o fim desta estação.

Com a formação intensificação progressiva das condições La Niña nas próximas semanas os eventos ficam mais espaçados e menos abrangentes.

Sudeste

No Sudeste, o inverno será marcado pelo tempo seco, especialmente no interior de São Paulo e em Minas Gerais. Nessas áreas, é possível que julho e agosto passem sem nenhuma chuva. Já no Espírito Santo e leste de Minas Gerais existe a possibilidade de chuvas devido à infiltração marítima.

No litoral de São Paulo e Rio de Janeiro, as chuvas serão menos frequentes que o normal, porém podem ser volumosas durante a passagem das frentes frias. Em setembro, espera-se um tempo seco com volumes abaixo da média em toda a região.

Centro-Oeste

O Centro-Oeste terá um inverno muito seco em todas as áreas da região. Julho e agosto terão pouca chuva, com volumes mais reduzidos onde as médias costumam ser mais altas.

Haverá algumas pancadas esparsas de chuva no norte do Mato Grosso e Goiás em setembro, mas serão irregulares e pouco frequentes.

O sul do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul podem ter períodos com temperaturas muito acima da média.

Nordeste

No Nordeste predominará o tempo seco e quente neste inverno. As chuvas serão concentradas na costa leste da região (Bahia até Rio Grande do Norte), sendo mais volumosas entre julho e setembro.

As temperaturas ficarão acima da média nos estados Maranhão, Piauí, Ceará e Rio Grande do Norte ao longo dos três meses desta estação.

Norte

Para o Norte do Brasil são esperadas chuvas acima da média nos meses julho e agosto no extremo norte do Amazonas e Roraima Nas demais áreas haverá tempo seco com chuvas abaixo da média para essa época. As temperaturas permanecerão altas em toda a região durante todo o inverno.


 
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