17/06/2024 às 09h06min - Atualizada em 17/06/2024 às 09h06min
Propriedades: Defesa Civil de SP capacita agricultores para combate a queimadas
O curso também aborda ensinamentos sobre previsão meteorológica para o período de estimativa e comunicação em desastres
- Da Redação, com Canal Rural
Foto: reprodução Pela primeira vez, a Defesa Civil do Estado de São Paulo incluiu agricultores em suas oficinas de prevenção e combate a incêndios florestais, treinando 2 mil agentes de 450 municípios. A iniciativa faz parte da operação "SP Sem Fogo", cujo objetivo é instruir produtores rurais sobre técnicas para evitar grandes queimadas durante o período de estiagem.
Entre abril e maio, 15 capacitações foram realizadas em diferentes regiões do estado, cada uma com duração de dois dias. As sessões presenciais ensinaram aos participantes sobre a construção de aceiros, faixas de terreno onde a vegetação é removida para impedir a propagação do fogo. Essas barreiras podem ser feitas manualmente ou com maquinário adequado.
Pedro Polizel, produtor rural de Sorocaba, destacou a importância do treinamento, especialmente para propriedades localizadas próximas às rodovias. “A gente procura manter os aceiros e se preparar com alguns equipamentos que possam dar combate na hora do evento”, afirmou Polizel, ressaltando a necessidade de atenção constante aos riscos de incêndios.
Os cursos também incluíram ensinamentos sobre previsão meteorológica para o período de estimativa, planos de contingência, emissão de alertas e comunicação em desastres. Os participantes aprenderam a se comunicar de forma eficiente com órgãos governamentais e vizinhos durante emergências. “Gostei de saber que a estrutura da Defesa Civil é bem organizada. Todos os produtores deveriam participar”, acrescentou Polizel.
Além das técnicas de prevenção, os agentes da Defesa Civil forneceram instruções sobre o uso de equipamentos de combate ao fogo, como abafadores e mochilas costais. Rodolfo Vilela, outro agricultor participante, destacou a eficácia dessas ferramentas no controle inicial dos incêndios. "Tivemos um exercício muito interessante com o uso do abafador. Achei bastante positivo", afirmou Vilela.