O banco Citi revisou a projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano de 6,4% para 7,4%, por conta de pressões generalizadas, e avalia que aumentaram os riscos para o crescimento da economia brasileira.
Em relatório enviado a clientes nesta quinta-feira, os economistas Leonardo Porto, Paulo Lopes e Thais Ortega argumentam que “as pressões inflacionárias são mais generalizadas, ameaçando as expectativas de inflação de médio prazo e, consequentemente, onerando a assertiva normalização monetária em curso”.
Sob essas condições, aumentam “os riscos de queda no crescimento, enquanto acontecimentos recentes “apontam para uma âncora fiscal mais fraca no próximo ano”. Para 2022, o banco manteve a estimativa da inflação anual em 3,5%.
A previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para 2021 também foi mantida, em 5,1%, abaixo da previsão dos 5,28% do último Relatório Focus, do Banco Central (BC). Para 2022, o Citi prevê crescimento de 1,8%.
O banco alerta para riscos para a situação fiscal crescentes, tanto no que se refere a mais gastos quanto a planos de corte de impostos. Mesmo diante desses riscos, revisou a estimativa de queda da relação dívida pública/PIB para 81,5% neste ano, ante previsão anterior de 83,3%.
No relatório ainda, o Citi manteve a projeção de alta da taxa de juros de referência Selic de 5,25% atuais para 7,5% até o fim do ano. Para 2022, a previsão é de estabilização.