Este ano os brasileiros sofreram com as seguidas altas da carne bovina nas gôndolas de supermercado. Uma opção foi mudar a proteína. Saiu para parte da população a carne vermelha e entraram o frango, a carne de porco e os ovos.
Especialistas e economistas dizem que essa solução vai ficar cada vez mais difícil. Preveem que até dezembo deste ano o preço das opções à carne vermelha estarão ao menos 10% mais caras do que em janeiro de 2021. A previsão é de uma inflação de 5,9%.
De acordo com a consultoria LCA, a maior alta este ano vai ser a carne do boi. A previsão é de alta de 17,6%, seguida do porco, com 15,1% e pelo frango, com previsão de alta de 11,8%. O ovo também vai aumentar o preço e 7,6%. A ABRAS (Associação Brasileira de Supermercados) prevê que o frango terá um aumento de 10% a 15% no final deste mês, início de agosto.
O presidente da ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), Ricardo Santin, acredita que as razões para o aumento da carne bovina são bem diferentes dos motivos pelos quais as outras proteínas animais tem seus preços majorados.
Ele diz que os produtores de gado de corte tiveram queda nos preços de produção, mas as exportações cresceram. Os produtores de frango, porco e ovos tiveram seus custos de produção elevados. Segundo ele, praticamente todos os insumos.
Dados fornecidos pela Embrapa indicam que os custos de produção para a criação do frango aumentaram em 52,30%, para o porco, 47,53%, em 2020. Os insumos aumentaram muito. O milho teve alta de 68,8% e a soja, 79,4%. As previsões para 2021 também preocupam. O milho deve aumentar em 39,8% e a soja mais 7,2%.
(Fonte: com informações do UOL)