O Acre enfrenta uma crise decorrente das fortes chuvas que assolam o estado desde meados de fevereiro. O rio Acre alcançou a marca de 17,75 metros, registrando a segunda maior cheia da história de Rio Branco. A situação levou o governador Gladson Cameli a decretar estado de emergência em 19 dos 22 municípios acreanos.
E as chuvas persistem nas regiões Norte e Nordeste do Brasil. A semana inicia com infiltração marítima no Nordeste, propiciando a formação de nuvens carregadas desde o norte e oeste da Bahia até o sul do Maranhão e Piauí. A atuação da Zona de Convergência Intertropical também contribui para o aumento do volume de chuva na região.
Arthur Müller, meteorologista do Canal Rural, destaca que as chuvas na cabeceira dos rios manterão o nível do Rio Acre elevado, mesmo que as precipitações diminuam de intensidade na capital do estado. Nos próximos dois dias, o tempo permanecerá abafado em todo o Norte, com pancadas de chuva favorecidas pelo calor e alta umidade.
Enquanto isso, a situação do Sul é diferente. A primeira quinzena de março apresenta-se mais favorável para o plantio da segunda safra de milho, especialmente no Sul do Brasil. O meteorologista alerta que a segunda metade do mês poderá ser mais chuvosa, podendo inviabilizar os trabalhos de campo.
Nos demais estados, o cenário meteorológico é variado. No Sudeste, há previsão de tempo instável em toda a região, com risco de temporais em áreas como a Grande São Paulo e o Vale do Paraíba. No Norte e Centro-Oeste, a nebulosidade aumenta em algumas áreas, com chuvas a qualquer momento do dia.
No entanto, o Sul é quem ganha destaque positivo, com tempo firme em grande parte do Rio Grande do Sul e sol predominante em Santa Catarina e Paraná. A região enfrenta poucas nuvens e chuvas a qualquer hora, oferecendo condições ideais para a instalação da segunda safra de milho.