05/03/2024 às 08h17min - Atualizada em 05/03/2024 às 08h35min
Lucro líquido da Frigol cai 59% em 2023 ante 2022, para R$ 54,5 milhões
POR ESTADÃO CONTEÚDO
ESTADÃO CONTEÚDO
São Paulo, 5 - A Frigol, o quarto maior frigorífico do Brasil, teve queda de 59% no lucro líquido em 2023 ante 2022, para R$ 54,5 milhões, informou a empresa em nota. A receita líquida recuou 14%, para R$ 3,1 bilhões, com o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) sendo 41% menor, de R$ 146,7 milhões. Já a margem Ebitda foi de 4,8% ante os 7% de 2022.
"O comparativo anual precisa ser analisado sob a ótica de que 2022 foi positivamente atípico para o setor, enquanto 2023 foi um ano marcado pela suspensão da exportação para a China, além de uma guerra no Oriente Médio", afirmou, na nota, o CEO da Frigol, Eduardo Miron.
O abate de bovinos pela Frigol cresceu 21% no ano passado em relação a 2022, para 573 mil bovinos. "Apesar de volume de abate superior, as receitas foram menores comparativamente, devido a uma série de fatores que ocorreram durante o ano, como o valor médio da arroba que caiu cerca de 20%, sendo acompanhado pela queda no preço da carne no mercado nacional e no exterior", pontua o CFO da Frigol, Eduardo Masson.
Na nota, a Frigol destacou ainda os desafios encarados em 2023, como os preços abaixo do nível de 2022 nos embarques para a China, assim como o conflito em Israel, segundo principal mercado exportador. A empresa informou ter ampliado o portfólio de países para os quais exporta para mais de 60, incluindo os primeiros embarques para Indonésia e Cingapura. A Frigol também relatou que a participação do mercado doméstico nas vendas saltou de 47% em 2022 para 50% em 2023.
4º trimestre de 2023
No quarto trimestre, a companhia registrou lucro líquido de R$ 21 milhões, ante prejuízo de R$ 22,5 milhões em igual período de 2022. O Ebitda foi de R$ 72 milhões, dez vezes maior, com margem de 8,4%. A receita líquida foi de R$ 855 milhões, alta de 16% em relação ao quarto trimestre do ano anterior.
"A forte demanda do mercado interno, influenciado pelas festas de fim de ano no Brasil e pelas compras realizadas na China para o Ano-Novo Chinês, comemorado no início de fevereiro de 2024, contribuíram para esse resultado", afirmou a empresa.
Fonte: ESTADÃO CONTEÚDO