As bolsas europeias fecharam sem direção única nesta terça-feira (17), pressionadas pelos temores em relação a novas regulações propostas pela China ao setor de tecnologia do país e à situação geopolítica no Afeganistão.
O índice pan-europeu Stoxx Europe 600 fechou o dia em leve alta de 0,07%, a 473,78 pontos, enquanto o DAX, referência da Bolsa de Frankfurt, caiu 0,02%. O CAC 40, da Bolsa de Paris, caiu 0,28%.
Já na Bolsa de Londres, o FTSE 100 subiu 0,38% e foi o destaque positivo do dia, na contramão da maioria dos mercados do continente, depois de dados de emprego melhores do que o esperado no Reino Unido. A taxa de desemprego do país caiu a 4,7% em julho, de 4,9% no mês anterior, ficando abaixo da expectativa dos economistas consultados pelo "Wall Street Journal", de leitura a 4,8%.
Em Milão, o FTSE MIB encerrou o dia em queda de 0,85%, a 26.224,79 pontos, e o IBEX 35, de Madri, recuou 0,68%, a 8.865,70 pontos.
O sentimento de cautela dos investidores europeus veio do movimento visto na Ásia, depois que a autoridade regulatória chinesa divulgou novos planos para proibir que companhias do setor de tecnologia do país adotem medidas de exclusividade forçada, como bloquear links e aplicativos de empresas concorrentes, além de proteções para a propriedade intelectual.
As medidas regulatórias seguem na esteira dos dados fracos de produção industrial e de consumo doméstico reportados ontem na China, com desaceleração da produção industrial do país a 6,4% em julho, de 8,3% da leitura anterior, enquanto os dados de vendas no varejo indicaram desaceleração a 8,5%, na comparação com o mesmo mês do ano passado, de 12,1% da leitura de junho.
Na Europa, a primeira revisão dos dados do Produto Interno Bruto do segundo trimestre confirmou a leitura preliminar do indicador, como era esperado. A economia da zona do euro cresceu 2,0% no segundo trimestre, na comparação com o trimestre anterior, de acordo com dados divulgados nesta terça pela Eurostat, a agência de estatísticas europeia.
Os investidores demonstraram cautela também antes dos comentários do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), Jerome Powell, que fala às 14h30 desta terça.