28/02/2024 às 08h39min - Atualizada em 28/02/2024 às 08h39min

Exportações de soja do Brasil para a China aumentam mais de 60% de 2023 para 2024

A crescente demanda chinesa impulsiona exportações brasileiras de soja, enquanto o país asiático busca reduzir a dependência de importações

- Da Redação, com Notícias agrícolas
Foto: reprodução

Nos primeiros meses de 2024, as exportações brasileiras de soja para a China cresceram significativamente, aumentando em 63,42% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Enquanto as negociações no mercado interno brasileiro permanecem estáveis, as exportações da oleaginosa continuam registrando números robustos, impulsionadas por vendas previamente acordadas em momentos de preços mais favoráveis.
 

No acumulado do ano, as exportações brasileiras de soja já superaram a marca de 7,841 milhões de toneladas, aumentando em 3 milhões em comparação com o mesmo período em 2023, quando registrou o número de 4,8 milhões. Essas exportações resultaram em uma receita de US$ 2,2 bilhões, reforçando a posição da soja como o principal produto da pauta exportadora brasileira.

 

Segundo dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior), apenas nos primeiros 15 dias úteis de fevereiro, o Brasil exportou 4.9 milhões de toneladas de soja, superando o total de todo o mês de fevereiro de 2023, que foi de 5 milhões de toneladas. Com mais dias úteis ainda restantes no mês, novos embarques são esperados.

 

A China continua sendo o principal destino da soja brasileira, absorvendo a maioria esmagadora das exportações. O país asiático, que historicamente é o maior comprador da oleaginosa brasileira, está agora monitorando de perto o comportamento do mercado e seu impacto nos preços. Enquanto isso, observa-se uma cautela por parte dos compradores chineses, que estão agindo de forma mais comedida e não realizando compras em grande escala nos Estados Unidos.

 

A crescente demanda chinesa pela soja brasileira é uma estratégia de estoque e espera por preços mais vantajosos. Mesmo com a quebra de safra no Brasil neste ano, a China continua sendo abastecida, mantendo uma postura de observação em relação aos movimentos do mercado. Essa dependência crescente da China em relação à soja brasileira é evidenciada pelo aumento das importações nos últimos anos, tornando o Brasil um fornecedor fundamental para o país asiático.

 

Enquanto isso, a China busca reduzir sua dependência de importações de soja, priorizando o aumento da produção local como parte de seu plano agrícola


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