27/02/2024 às 09h02min - Atualizada em 27/02/2024 às 09h02min

Exportações do agronegócio brasileiro batem recorde pelo quarto ano seguido

Faturamento do setor alcança US$ 166 bilhões em 2023, impulsionado por volume e demanda internacional

- Da Redação, com Notícias Agrícolas
Foto: Divulgação / Ministério da Agricultura
As exportações do agronegócio brasileiro atingiram um novo marco recorde em 2023, mantendo uma trajetória de crescimento do faturamento do setor pelo quarto ano consecutivo, conforme apontam dados do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP. O país atingiu a marca de US$ 166 bilhões exportados, número impulsionado pelo aumento do volume e pela demanda internacional, .
 
De acordo com as análises do Cepea, mesmo com uma queda de quase 10% nos preços dos produtos exportados, o crescimento no volume foi fundamental para impulsionar o faturamento em 2023. Os grãos se destacaram, especialmente o milho, que registrou um aumento impressionante de 29% no volume exportado em comparação com o ano anterior.
 
Além disso, os produtos do complexo da soja continuaram liderando em termos de valor gerado, representando cerca de 40% do total da receita gerada pelas exportações agropecuárias. Setores como o sucroalcooleiro e as carnes de frango e suína também contribuíram para o desempenho positivo do setor.
 
A forte demanda internacional, especialmente da China, foi um dos principais impulsionadores desse crescimento. Para atender a essa demanda crescente, o Brasil respondeu com uma produção recorde, mantendo volumes robustos de exportação. No entanto, a competição internacional e a queda nos preços foram desafios enfrentados ao longo do ano.
 
Quanto aos destinos das exportações, China, Estados Unidos e União Europeia permaneceram como os principais parceiros comerciais do Brasil, com outros mercados importantes como os da Liga Árabe e da Ásia contribuindo significativamente.
 
Para 2024, as expectativas apontam para uma demanda global contínua por alimentos, fibra e energia, apesar das projeções de crescimento econômico mais moderado, especialmente na China. Por outro lado, no Brasil, não se espera um aumento significativo na área plantada no próximo ciclo produtivo, o que pode limitar o crescimento da oferta nacional.
 
Além disso, incertezas políticas e eventos geopolíticos podem influenciar o cenário cambial ao longo do ano, com possíveis impactos sobre os mercados de commodities.

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