21/02/2024 às 09h07min - Atualizada em 21/02/2024 às 09h07min

Estudo do Ipea destaca benefícios econômicos do acordo Mercosul-UE para o Brasil

Potencial crescimento do PIB e aumento nos investimentos são apontados como consequências positivas do acordo

- Da Redação, com Canal Rural
Foto: divulgação

O recente estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) ressalta os potenciais benefícios econômicos que o acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia pode trazer para o Brasil. Após mais de 25 anos de negociações, a concretização desse alinhamento entre os blocos permanece incerta, mas as projeções econômicas apresentadas no estudo oferecem uma visão otimista para o futuro.

 

De acordo com o estudo, o acordo Mercosul-UE poderia impulsionar o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 0,46% entre 2024 e 2040. Esse aumento equivale a US$ 9,3 bilhões a preços constantes de 2023. Além disso, em termos relativos, o Brasil obteria ganhos maiores que os da União Europeia e dos demais países do Mercosul.

 

Fernando Ribeiro, coordenador de estudos de comércio internacional do Ipea, destaca o potencial benefício para o setor do agronegócio brasileiro, considerando a competitividade do país nesse setor e a demanda da União Europeia por bens agroindustriais.

 

Outro ponto importante abordado pelo estudo é a possível redução de custos de produção em diversos setores da economia brasileira. Ao reduzir suas tarifas de importação, o Brasil poderia ter acesso a insumos produtivos e bens de capital, contribuindo para a diminuição dos custos de produção em vários setores.

 

Além dos benefícios econômicos diretos, o acordo também poderia atrair mais investimentos para o Brasil, com um aumento estimado de 1,49%. Adicionalmente, a balança comercial brasileira poderia ser beneficiada, com um ganho de US$ 302 milhões, um valor significativo em comparação com os demais países do Mercosul.

 

Apesar das vantagens potenciais, o processo de negociação ainda enfrenta desafios, incluindo a oposição de alguns países europeus e preocupações com possíveis alterações nos termos do acordo ao longo do tempo. A diretora de Relações Internacionais da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Sueme Mori, destaca a importância de garantir mecanismos que protejam os interesses dos produtores brasileiros diante de possíveis mudanças regulatórias unilaterais da União Europeia.

 

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