O Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) aprovou a distribuição de 96% do lucro de 2020 aos trabalhadores para garantir uma rentabilidade acima do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do ano passado.
No ano passado, o FGTS registrou um lucro de R$ 8,467 bilhões. Assim, serão distribuídos R$ 8,129 bilhões. Em 2019, o resultado foi de R$ 11,3 bilhões e foram distribuídos 66,2% (R$ 7,5 bilhões).
Mesmo com um lucro quase 25% menor do que o apurado em 2019, o objetivo continuou sendo garantir um retorno para as contas dos trabalhadores superior ao IPCA, que em 2020 foi de 4,52%. Com a distribuição definida, a rentabilidade do FGTS ficou em 4,92%, superando a inflação e o resultado da poupança, de 2,11% em 2020.
Os valores distribuídos serão creditados até o final de agosto, proporcionalmente aos saldos das contas vinculadas de titularidade dos trabalhadores no FGTS registrados em 31 de dezembro de 2020.
O objetivo do conselho é buscar sempre um ganho real ao trabalhador, mas sem se descolar da realidade do fundo, afirmou o diretor do Departamento do FGTS do Ministério da Economia, Gustavo Tillmann. A ideia é criar uma atração ao FGTS e um incentivo para a manutenção dos recursos no fundo, que tem sido uma boa opção “diante das alternativas semelhantes, especialmente para o trabalhar de mais baixa renda”, acrescentou.
"Nos sentimos vitoriosos com o resultado que superou a inflação e até mesmo as taxas de juros da caderneta de poupança”, disse ontem o representante da Central Única dos Trabalhadores (CUT) no conselho, José Abelha Neto, ao Valor. O conselho é formado por representantes do governo, de empregadores e trabalhadores.