​Previsões da Conab indicam queda de 6,3% na produção de grãos na safra 2023/2024

Estimativas apontam para desafios climáticos e ajustes nas exportações de produtos agrícolas

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A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou, nesta quinta-feira (8), o 5º Levantamento da Safra de Grãos, revelando projeções desafiadoras para a produção agrícola brasileira. De acordo com os dados, a colheita total de grãos na safra 2023/24 é estimada em 299,8 milhões de toneladas, refletindo uma redução de 6,3% em comparação com a safra anterior.

Os desafios climáticos têm sido um fator determinante para a queda na produção. Problemas como atraso no plantio da soja, chuvas irregulares e mal distribuídas, além de altas temperaturas, afetaram negativamente as lavouras, especialmente nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Matopiba.

Para a soja, a previsão da Conab aponta para uma produção de 149,4 milhões de toneladas, representando uma queda de 3,4% em relação ao ciclo anterior. Enquanto isso, o milho deve ter uma diminuição de 18,2 milhões de toneladas produzidas, com um volume total estimado em 113,7 milhões de toneladas. Também afetado pelo clima adverso, a safra do feijão está prevista em 2,97 milhões de toneladas.

Por outro lado, algumas culturas apresentam resultados positivos, como o arroz, cuja produção está estimada em 10,8 milhões de toneladas, e o algodão, que deve alcançar um recorde de produção, atingindo 3,3 milhões de toneladas.

Essas projeções também impactam o mercado internacional. As exportações de soja devem ser reduzidas em 4,29 milhões de toneladas, enquanto as vendas de milho ao mercado externo foram ajustadas em 3 milhões de toneladas. Já o volume exportado de arroz deve cair para 1,5 milhão de toneladas.

No contexto do algodão, as exportações estão estimadas em aproximadamente 2,5 milhões de toneladas, refletindo um ajuste no estoque final do produto para 2,28 milhões de toneladas.