06/02/2024 às 09h16min - Atualizada em 06/02/2024 às 09h16min

Tendência de preços das carnes para 2024: China pode pagar menos

Desaceleração econômica chinesa impacta exportações brasileiras

- Da Redação, com MoneyTimes
Foto: Reprodução

De acordo com relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) as perspectivas econômicas da China para 2024, projetando um crescimento de 4,6%, uma revisão para baixo em relação à estimativa anterior de 5,4%.  Essa projeção, considerada modesta para os padrões chineses, sinaliza um possível ciclo de desaceleração econômica no gigante asiático de 2024 a 2028.

 

Essa desaceleração, de acordo com especialistas, terá inevitáveis repercussões no mercado internacional, especialmente para exportadores como o Brasil, cuja economia está fortemente ligada ao mercado chinês.

 

Fernando Iglesias, analista da Safras & Mercado, destaca que produtos como carne bovina, de frango, suína, minério de ferro, milho, soja e algodão, entre outras commodities exportadas pelo Brasil, podem ser impactados pela desaceleração econômica chinesa, com especial destaque para as carnes.

 

Iglesias explica que a crise na suinocultura da China pode levar o país de uma situação de escassez de oferta em 2022 para um excesso de oferta em 2024, resultando em preços enfraquecidos para proteínas animais. Isso significa que a China pode não participar ativamente do mercado global de carnes, recusando-se a pagar preços elevados enquanto enfrenta desafios econômicos e na suinocultura.

 

Segundo Iglesias, as condições para os preços das carnes devem melhorar apenas no segundo semestre de 2024, quando é esperado um mercado mais equilibrado em termos de carne suína e uma possível recuperação econômica na China. No entanto, ele adverte que não se deve esperar um aumento explosivo nos preços das carnes ao longo do ano.

 

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