O ex-líder estudantil Gabriel Boric voltou a aparecer numericamente à frente do advogado Sebastián Sichel em pesquisa de intenção de voto para as eleições presidenciais do Chile, marcadas para novembro. Segundo sondagem da empresa Cadem publicada nesta segunda-feira, se a votação fosse hoje, o jovem candidato da esquerda teria 24% dos votos, ante 22% de seu concorrente mais próximo. A situação, no entanto, é de empate técnico.
Uma semana atrás, Sichen estava numericamente à frente, com 24% das intenções de voto, contra 21% de Boric. A margem de erro de ambas as pesquisas é de 3,7% para mais ou para menos. Na mais recente, o Cadem entrevistou 704 pessoas em todo o país entre os dias 11 e 13.
Nos dois casos, a cotação do peso chileno variou de acordo com as sondagens: na semana passada, a virtual vantagem do candidato de direita resultou em três dias de consecutivos de valorização do peso em relação ao dólar – a maior valorização em cinco meses, segundo a agência Bloomberg. O resultado desta segunda-feira, por sua vez, provocou um aumento de 1% no valor do dólar.
A disputa presidencial permanece aberta após um período de intensa agitação social que levou muitas pessoas a virarem as costas aos partidos tradicionais. Tanto Boric, do Partido da Convergência Social, como Sichel, que concorre pela coalizão Chile Vamos, venceram as primárias de suas coligações no mês passado.
Além deles, concorrerá às eleições o vencedor da votação primária de uma terceira coalizão que reúne movimentos de centro-esquerda. A regra eleitoral chilena prevê segundo turno entre os dois candidatos mais votados caso nenhum deles atinja 50% dos votos na primeira votação.