O mercado de arroz permanece em um cenário de calmaria, caracterizado pela postura cautelosa dos participantes que buscam resguardar suas posições. O analista e consultor de SAFRAS & Mercado, Evandro Oliveira, observa que "o ritmo mais lento e os preços nominais indicam uma hesitação generalizada na tomada de decisões, especialmente por parte da ponta vendedora, que opta por não negociar devido à tendência de ascensão dos valores atuais".
A média da saca de 50 quilos de arroz no Rio Grande do Sul (58/62% de grãos inteiros e pagamento à vista) encerrou o dia 17 de janeiro em R$ 130,80, registrando um avanço de 0,72% em relação à semana anterior. Comparado ao mesmo período do mês passado, houve uma alta de 5,51%, e um significativo aumento de 40,99% em relação ao mesmo período de 2023.
No que diz respeito às exportações, poucas alterações são observadas, com destaque para os quebrados e o arroz beneficiado neste início de ano. De acordo com o último relatório de embarques nos portos brasileiros, aproximadamente 24 mil toneladas de quebrados foram embarcadas neste mês com destino ao Senegal. Além disso, foi confirmada a chegada do primeiro carregamento de 30 mil toneladas de arroz 100B proveniente da Tailândia.
No acumulado da temporada, os registros de exportação de arroz (base casca) permanecem em 1,152 milhão de toneladas (março/janeiro). Em 2023, o acumulado era de 2,034 milhões de toneladas.
Conforme a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), as vendas externas de arroz em casca atingiram apenas 2,2 toneladas até a primeira semana de janeiro, enquanto as exportações do produto beneficiado alcançaram 1,27 mil toneladas no mesmo período. As importações do cereal beneficiado somaram 9,94 mil toneladas e as compras externas para o arroz em casca ainda não foram reportadas. O mercado permanece atento às movimentações diante desse cenário de preços recordes.