15/01/2024 às 09h31min - Atualizada em 15/01/2024 às 09h31min
Alta nos preços do milho reflete mudanças climáticas e exportações firmes no Brasil
Semana de estabilidade nos preços do milho brasileiro sinaliza tendência positiva em 2024
- Da Redação, com Canal Rural
Foto: Reprodução O mercado brasileiro de milho registrou uma semana de preços sólidos nas principais praças comerciais do país, indicando uma tendência positiva no início de 2024. De acordo com a Safras Consultoria, o cenário climático vem passando por transformações, com uma diminuição dos excessos de chuvas no Sul e uma retomada de condições mais favoráveis no Centro-Norte.
A virada de ano e as melhorias nas ocorrências de chuvas na região Centro-Norte, em contraste com atrasos no Mato Grosso e parte de Goiás, estão influenciando as decisões de plantio para a safrinha de milho em 2024. A antecipação nas colheitas da soja, aliada à melhoria da umidade do solo, oferece estímulos para as escolhas de plantio, apesar de um corte de área que se mostra inevitável.
A espera por chuvas contínuas em janeiro e fevereiro, bem como ao longo do primeiro semestre, será crucial para definir o sucesso da safrinha de 2024. Enquanto isso, o mercado brasileiro enfrenta uma situação de preços firmes, resultante da redução regional nas exportações e da falta de posicionamento em estoques pelo mercado interno.
Segundo a consultoria, a entrada da safra nova, inicialmente no Rio Grande do Sul e, posteriormente, em fevereiro, no Sudeste e Paraná, será decisiva para equilibrar a oferta e demanda, aliviando a pressão atual sobre os preços. A retenção de ofertas pelos produtores e a escassez de estoques por parte dos consumidores contribuem para este cenário, que só deve se acomodar com o início da safrinha 2024.
Quanto aos preços internos do milho, a média da saca no Brasil atingiu R$ 70 na última quinta-feira (11), representando um aumento de 3,7% em relação à semana anterior. Em diversas regiões do país, como Cascavel (PR), Campinas (SP), Mogiana Paulista (SP), Rondonópolis (MT), Erechim (RS), Uberlândia (MG) e Rio Verde (GO), os preços também apresentaram variações significativas, refletindo a dinâmica do mercado local.
No âmbito das exportações, o Brasil registrou receitas de US$ 326 milhões em janeiro, com uma média diária de US$ 81,656 milhões. A quantidade total de milho exportada atingiu 1,333 milhão de toneladas, com uma média diária de 333,332 mil toneladas, e o preço médio da tonelada situou-se em US$ 245,00. Comparado a janeiro de 2023, observa-se um aumento de 1,9% no valor médio diário da exportação, um crescimento de 19,5% na quantidade média diária exportada e uma desvalorização de 14,8% no preço médio.