As bolsas europeias fecharam em queda após a divulgação de dados mais fracos do que o esperado de atividade econômica na China, quebrando uma sequência de novos recordes consecutivos de fechamento do índice pan-continental Stoxx Europe 600.
O Stoxx 600 encerrou as operações em queda de 0,77%, a 472,17 pontos, enquanto o FTSE 100, índice de referência da bolsa de Londres, recuou 0,90%, a 7.153,98 pontos, o DAX, de Frankfurt, caiu 0,32%, a 15.925,73 pontos, e o CAC 40, de Paris, cedeu 0,83%, a 6.838,77 pontos. Em Milão, o FTSE MIB recuou 0,82%, a 26.433,02 pontos, e o Ibex, de Madri, caiu 0,81%, a 8.926,60 pontos.
Os dados chineses indicaram uma desaceleração da produção industrial do país a 6,4% em julho, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, de 8,3% de junho e bem abaixo da expectativa dos economistas consultados pelo "The Wall Street Journal", de alta de 7,8%.
Os números de consumo doméstico foram ainda mais decepcionantes, com o crescimento das vendas no varejo recuando a 8,5% em julho, na comparação anual, de 12,1% do mês anterior, e também ficando bem abaixo da expectativa de consenso, de 11,4%.
"Os dados econômicos mais fracos vindos da China estragaram o bom humor, com as leituras mais baixas de vendas no varejo e de produção industrial levantando questões sobre se o ritmo da recuperação pode ser mantido", disse Richard Hunter, analista da Interactive Investor, à "Dow Jones Newswires".
As ações são pressionadas ainda pelos temores sobre a disseminação da covid-19 na Ásia e pelos receios geopolíticos em torno da tomada de Cabul, a capital do Afeganistão, pelo Taleban, no domingo, diz Hunter.