10/01/2024 às 09h26min - Atualizada em 10/01/2024 às 09h26min

Soja no Brasil: Variações locais apesar de alta no dólar e em Chicago

Mercado nacional mantém estabilidade enquanto mercado internacional apresenta tendências variadas

- Da Redação, com Canal Rural
Imagem: Reprodução

Na terça-feira (9), o mercado de soja brasileiro experimentou um dia de atividades moderadas, resultando em poucas negociações e movimentos pontuais. A leve alta na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) e no dólar não foi suficiente para conter a tendência de baixa em muitas praças e portos, conforme o mercado se adapta ao cenário.

O atual panorama é influenciado pela escassez de produtos da safra anterior, resultando na equalização dos preços com a safra atual, diminuindo as diferenças.

 

Os compradores continuam buscando preços mais baixos, enquanto os vendedores têm uma oferta limitada. A expectativa para exposição no mercado é contida, especialmente à espera do relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), programado para esta sexta-feira (12), às 14h.


Cotações da saca de 60 kg


Passo Fundo (RS): R$ 132 (mantido)

Região das Missões: R$ 126,50 (anteriormente R$ 128,50)

Porto de Rio Grande: R$ 136 (anteriormente R$ 138)

Cascavel (PR): R$ 125 (anteriormente R$ 126)

Porto de Paranaguá (PR): R$ 135 (anteriormente R$ 136)

Rondonópolis (MT): R$ 125 (anteriormente R$ 124)

Dourados (MS): R$ 116 (anteriormente R$ 120)

Rio Verde (GO): R$ 119 (anteriormente R$ 120)


Em Chicago


Os contratos futuros da soja na CBOT encerraram a terça-feira com preços mais altos. A recuperação técnica do mercado baseou-se no aumento dos preços do petróleo. No entanto, vendas especulativas limitaram a reação, enquanto o cenário climático para as lavouras brasileiras melhorava.


O aguardado relatório da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a safra 2023/34, considerando os impactos do clima seco, está programado para esta quarta-feira (10). Em dezembro, a Conab estimou uma safra de 160,2 milhões de toneladas, mas a Safras & Mercado recentemente revisou sua previsão para 151,36 milhões de toneladas, abaixo dos números iniciais divulgados em julho.


Relatório do USDA


No centro das atenções está o relatório de janeiro do USDA, previsto para sexta-feira (12). Espera-se uma redução na estimativa de estoques finais e na safra de soja em 2023/24 nos EUA. Analistas consultados estimam estoques de 239 milhões de bushels, abaixo dos 245 milhões em dezembro, enquanto a safra pode cair para 4,123 bilhões de bushels, ante 4,129 bilhões no mês passado.

 

Para a oferta e demanda mundial da soja, o mercado aposta em estoques finais de 112,2 milhões de toneladas, abaixo dos 114,2 milhões estimados em dezembro. Analistas também preveem estoques trimestrais nos EUA abaixo do número do ano anterior, com expectativa de 2,982 bilhões de bushels em comparação com os 3,021 bilhões do ano anterior.


Contratos Futuros


Os contratos da soja em grão com entrega em março fecharam com baixa de 3,00 centavos, enquanto a posição maio teve ganho de 0,31%. Quanto aos subprodutos, a posição de março do farelo fechou em baixa, enquanto o óleo apresentou leve alta.


Câmbio


O dólar comercial fechou em alta de 0,79%, sendo negociado a R$ 4,9066 para venda e R$ 4,9046 para compra, refletindo oscilações ao longo do dia entre R$ 4,8764 e R$ 4,9090.

Este cenário demonstra uma dinâmica entre o mercado nacional e internacional, onde variações locais são evidentes apesar das tendências observadas em Chicago e no câmbio.


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