A Ânima venderá ativos para reduzir sua alavancagem num processo que será acelerado neste ano e primeiro semestre de 2022. Atualmente, a relação entre a dívida e o Ebitda da companhia é de 4,6 vezes devido à aquisição da Laureate.
A empresa pretende se desfazer de grupos educacionais e ativos imobiliários. Recentemente, a Ânima vendeu três escolas de educação básica para a Bahema e imóveis da UniRitter, do Rio Grande do Sul, para um fundo imobiliário, que alugou os imóveis ao grupo educacional.
“Já temos uma lista de ativos. Será um processo rápido entre este ano e primeiro semestre de 2022”, disse André Tavares, diretor financeiro da Ânima, durante teleconferência para analistas e investidores. Segundo ele, a venda desses ativos e as sinergias obtidas com a Laureate contribuirão para melhorar a margem.
A partir desse segundo trimestre, a Ânima passa a divulgar os dados combinados com da Laureate. Com a aquisição, o grupo educacional soma 320 mil alunos, alta de 178,5% sobre o mesmo período de 2020. A receita líquida sobe 44,2%, para R$ 1 bilhão.
O Ebitda ajustado somou R$ 316 milhões, um avanço de 50,3%. A margem subiu 1,3 ponto percentual, para 31,5%. O lucro líquido ajustado cresceu 31,7%, para R$ 75 milhões.
A Ânima passa a oferecer aos alunos da Laureate financiamento estudantil privado da PraValer, que hoje representa 3,4% dos alunos do grupo. Para efeitos de comparação, 7,4% dos estudantes da Ânima tem Fies, o financiamento estudantil do governo.
Sobre o ensino a distância, modalidade que a Ânima não atuava até a compra da Laureate, Marcelo Bueno, presidente da companhia, disse que pretende crescer nesse mercado e que está realizando análises sobre o potencial desse mercado.
O vestibular de inverno deve ser semelhante ao do processo seletivo do começo do ano, segundo Tavares. “Estamos otimistas, apesar do cenário macroeconômico”, disse.
