29/11/2023 às 09h44min - Atualizada em 29/11/2023 às 09h44min

Exportações brasileiras cresceram 3% até outubro de 2023

Em encontro com a imprensa, secretário de Comércio e Relações Internacionais destaca exportações brasileiras, abertura de mercados, dentre outros assuntos pertinentes

- Da Redação, com Ministério da Agricultura
Foto: Divulgação / Ministério da Agricultura
O Brasil exportou US$ 140 bilhões, entre janeiro e outubro deste ano, um crescimento de 3% em relação ao mesmo período do ano passado, com um aumento de volume de 10%. O dado foi divulgado pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Roberto Perosa, durante encontrou com jornalistas do setor na manhã desta terça-feira (28) no Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
 
O objetivo do encontro foi a apresentação do balanço da secretaria neste ano. Os temas apresentados foram a abertura de mercados, balança comercial, programa de recuperação e conversão de pastagens degradadas e também a relação internacional do Brasil com países parceiros.
 
Na oportunidade, Perosa expressou que o aumento se dá pelo baixo preço das commodities em comparação ao ano de 2022 e ao trabalho do Governo Federal e dos produtores rurais, para acesso ao alimento mundo afora, com destaque para o setor da soja, que teve um incremento de quase US$ 5 bilhões.
 
Em relação as aberturas de mercado, foram abertos 71 mercados até o momento, com destaque para os novos mercados abertos de farinha e óleo de peixe para a Colômbia e carnes enlatadas bovina e suína e de extratos de carne bovina e suína para o Japão.
 
“Muitos desses mercados foram abertos entre as Américas e a Ásia, o que mostra a retomada do diálogo regional do presidente Lula e também uma retomada da geopolítica sul-sul estabelecida pelo presidente Lula nesse novo momento”, destacou Perosa.
 
A retomada das relações comerciais, além de abrir novos mercados internacionais para a venda de produtos do Brasil, também permite a entrada de produtos de outros países em solo brasileiro. “A reciprocidade tem que ser mútua; estamos abrindo mercados para países amigos e que temos relações comerciais para potencializar essa abertura de mercados ao redor do mundo” afirmou o secretário.
 
Durante a coletiva, também foi anunciado que o órgão sanitário chines (GACC) virá ao Brasil no início de dezembro para visitar 18 plantas frigorificas, dentre elas, três para reconfirmação da habilitação já existente, quatro plantas de aves e 11 de bovinos. O secretário esclareceu que a vistoria não significa a habilitação para exportação, mas há expectativas para a habilitação e que o Mapa aguarda a chegada da comitiva chinesa para as tratativas.
 
O secretário Perosa ainda ressaltou o trabalho do Governo Federal no âmbito do G20, destacando que o Brasil será a sede da reunião da cúpula no próximo ano e que o Mapa juntamente com os ministérios do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) e da Pesca e Aquicultura (MPA) estão organizando os encontros voltados para a temáticas da agricultura, pecuária e aquicultura. Serão realizadas reuniões a partir de janeiro de 2024 em São Paulo, Recife e Cuiabá, além de uma reunião técnica dos cientistas que será na Embrapa, em Brasília.
 
No encontro, também foram apresentadas as temáticas que o Mapa irá levar para COP28 que acontecerá na primeira semana de dezembro em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Com os temas voltados para a transição energética e sistemas agroalimentares, o secretário destacou que “o Brasil tem muito o que mostrar na questão da transição energética, seja a matriz energética que o país possui, e o agro contribui para isso, com biomassa, biocombustíveis, e temos condição de mostrar isso ao mundo”.
 
Também evidenciou o Plano ABC+, o maior Plano Safra do país, mais de 440 bilhões de reais direcionados para a agricultura, com destaque para a agricultura de baixo carbono e também o plano de conversão de áreas degradadas em áreas agriculturáveis, que prevê que o Brasil incorpore à sua atividade agrícola cerca de 40 milhões de hectares a um custo de US$3 mil por hectare, dando volume de recursos de 120 bilhões de dólares a serem investidos nos próximos 10 anos.
 
“Temos debatido esse tema amplamente, vários técnicos da Embrapa, do Banco do Brasil, e isso certamente será o grande mote que vamos apresentar na COP28, inclusive com previsão de fala do presidente Lula sobre esse tema. Temos um decreto presidencial que está para sair, tratando do programa. O decreto foi elaborado pelo Mapa, já está na Casa Civil para publicação, aguardando algum ajuste final para ser publicado o mais breve possível”, afirmou o secretário Perosa sobre o tema a ser debatidos na conferência e o programa de pastagens degradadas.
 
Ainda nesta terça-feira, o secretário juntamente com uma comitiva da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais embarcam para viagem oficial ao México para tratativas com o governo local para a volta das exportações de suínos e para a desoneração dos impostos de produtos de origem animal.
 
Também participaram da conversa com a imprensa o diretor do Departamento de Negociações não-tarifárias e de Sustentabilidade, Marco Alencar, a diretora do Departamento de Negociações e Análises Comerciais, Ana Lúcia Gomes, o diretor de Promoção Comercial e Investimentos, Marcel Moreira, a coordenadora de Gestão dos Adidos Agrícolas, Carolina de Sá e a chefe da Assessoria Especial de Comunicação, Carla Madeira.
 

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