Um incêndio de grandes proporções na região do Instituto de Pesca e da Floresta Estadual do Noroeste Paulista, em São José do Rio Preto, interior de São Paulo, consumiu 55,6 hectares, segundo informações da Polícia Ambiental. As chamas, que tiveram início por volta das 13h30 desta quinta (12), e só foram controladas às 17h20.
Os aceiros construídos antes do início do período de estiagem ajudaram a conter o avanço do fogo.
A Floresta é um dos últimos biomas originais que restam no Estado. É a última reserva estadual que registra o final da Mata Atlântica e o início do Cerrado.
Segundo o Capitão Carlos Lamim, diretor da Defesa Civil, o fogo começou numa região de pastagens e avançou para uma área de Área de Proteção Ambiental (APP), onde os bombeiros não conseguem chegar com as viaturas. A área onde fica localizada a floresta pertence ao Instituto Penal Agrícola (IPA) que abriga atualmente a Estação Ecológica e a Floresta Estaadoual do Noroeste Paulista, o Parque Tecnológico, o Instituto Florestal, o Instituto da Pesca e unidades da Unesp e da Fatec fica nos municípios de São José do Rio Preto e Mirassol. São 379,93 hectares.
Assim que o fogo foi detectado o Corpo de Bombeiros, a Defesa Civil, bombeiros voluntários, caminhões pipa da Usina Cofco, do Serviço de Água e Esgoto de Rio Preto (Semae) e o pessoal das Universidades entraram em ação. Eles conseguiram controlar o fogo no final do dia. No começo do ano um incêndio sem precedentes queimou 500 hectares da floresta, relativo a 500 campos de futebol.
Carlos Lamin atribui o novo foco de incêndio ao clima excessivamente seco, à alta temperatura (35º) e à baixa umidade do ar, que nesta quinta-feira ficou em 14%, e tem ficado abaixo dos 10%. Não chove na região há 60 dias. No entanto, desta vez, a verdadeira causa do incêndio não é conhecida. Especula-se que seja criminoso.
O engenheiro sanitarista, José Mário de Andrade, disse à CBN Grandes Lagos que infelizmente o fogo só para de queimar quando consume toda a biomassa e que os bombeiros, só conseguem controlar e evitar que ele “se alastre” para além da Floresta”.
Para ele, o resultado do fogo reflete na saúde da população mais próxima. Provoca uma fuligem fina que se espalha devagar e com a baixa umidade causa problemas respiratórios.
O Capitão Lamin disse que é muito difícil evitar os incêndios. A área é muito grande e em alguns trechos não existe qualquer ação preventiva contra o fogo. A parte da Prefeitura não foi tomada pelo fogo porque segundo e, foi roçada e recebeu aceiros. Em locais mais distantes, houve dificuldade para apagar o fogo.
A Floresta é um patrimônio único do Estado.
Da Redação.
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