As exportações brasileiras de carne suína, abrangendo produtos in natura e processados, acumularam um crescimento de 9,6% em 2023, de acordo com dados divulgados pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). No total, foram embarcadas 1,013 milhão de toneladas entre janeiro e outubro deste ano, em comparação com as 924,2 mil toneladas registradas no mesmo período do ano anterior.
A receita das exportações também apresentou um aumento significativo, atingindo 13,1% de crescimento, totalizando US$ 2,361 bilhões nos primeiros dez meses de 2023, comparado aos US$ 2,088 bilhões no mesmo período de 2022.
No entanto, no que diz respeito somente em outubro, as exportações de carne suína atingiram 93 mil toneladas, um número 5,7% menor em relação ao total exportado no mesmo período do ano passado, quando foram registradas 98,6 mil toneladas. A receita registrada no mês foi de US$ 200,3 milhões, o que representa uma queda de 15,5% em relação ao valor registrado no ano anterior, que foi de US$ 237,1 milhões.
A China continua a ser o principal destino das exportações do setor, com 336,5 mil toneladas exportadas entre janeiro e outubro, mesmo que isso represente uma queda de 8% em relação ao mesmo período de 2022. Logo após estão Hong Kong, com 101,3 mil toneladas (+23%), Filipinas, com 101,3 mil toneladas (+40%), Chile, com 69,1 mil toneladas (+47%), Singapura, com 53,4 mil toneladas (+12%), e Vietnã, com 41,9 mil toneladas.
Ricardo Santin, presidente da ABPA, analisou: "Com este desempenho acumulado, que já ultrapassou a marca de um milhão de toneladas somente nos primeiros 10 meses do ano, as projeções do setor mantêm indicativos de embarques em torno de 1,2 milhão de toneladas em 2023. A maior diversificação de mercados além da China, com a viabilização das exportações para outros destinos com boa demanda, como é o caso do México, sustentam boas perspectivas para este e para o próximo ano."
Santa Catarina, principal estado exportador de carne suína do Brasil, embarcou 542,7 mil toneladas entre janeiro e outubro, um aumento de 8,9% em relação ao mesmo período de 2022. Em seguida estão o Rio Grande do Sul, com 235,7 mil toneladas (+9,6%), Paraná, com 141,7 mil toneladas (+5,2%), Mato Grosso, com 24,8 mil toneladas (+39,2%), e Mato Grosso do Sul, com 21,5 mil toneladas (+29,8%).