01/11/2023 às 09h14min - Atualizada em 01/11/2023 às 09h14min

Com 750 Anos, maior araucária do Paraná é derrubada por vendaval

Símbolo da cultura paranaense, desaparece com a tempestade

- Da Redação, com Canal Rural
Foto: Divulgação / Prefeitura de Cruz Machado
Uma tragédia ambiental ocorreu no sul do Paraná com a derrubada de uma majestosa araucária de 750 anos. Essa árvore, que ostentava o título de maior exemplar do estado, foi vítima de um violento temporal decorrido na noite de sábado (28) para domingo (29).

Localizada na remota Linha Japó/Yapó, a cerca de 14 quilômetros do centro da cidade de Cruz Machado, a árvore era uma figura icônica e patrimônio natural da região. No período em que a árvore caiu, Cruz Machado registrou uma precipitação pluviométrica excepcional, totalizando mais de 160 milímetros de chuva, de acordo com informações da prefeitura local.

Esse volume de chuva representa 78% da média histórica para todo o mês de outubro na cidade, sobrecarregando o solo e tornando as condições climáticas propícias para a queda da monumental árvore. Com impressionantes 42 metros de altura, dos quais 36 metros correspondem apenas ao tronco, a araucária era um destaque na paisagem local e um ponto turístico de destaque em Cruz Machado.

Localizada na Fazenda São Francisco, a árvore permitia visitação, desde que autorizada pela proprietária da área. Entretanto, a tempestade implacável encerrou um ciclo de vida que durou 750 anos, deixando a comunidade local em luto.

A prefeitura de Cruz Machado expressou sua tristeza diante da perda, descrevendo-a como irreparável. A árvore era considerada um símbolo da história e cultura da região, sendo reverenciada por gerações como a rainha das araucárias do Paraná.

As araucárias são árvores nativas da região Sul do Brasil, sendo um ícone do estado do Paraná. Elas podem atingir alturas notáveis, chegando a 50 metros, e têm uma expectativa média de vida de 300 a 400 anos. No entanto, a exploração desenfreada dessas árvores, especialmente a partir da segunda metade do século 20, as colocou em risco crítico de extinção, como indicado na lista vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais. 

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