Após se estabilizar e flertar com o terreno negativo no início da tarde desta quinta-feira, o dólar comercial voltou a operar em alta leve nos últimos minutos, reagindo à notícia de que a votação do projeto de reforma do Imposto de Renda foi novamente adiada, a pedido de lideranças do Congresso. Por volta das 16 horas, a moeda americana avançava 0,57%, a R$ 5,2514. Na máxima, marcou R$ 5,2557.
Após insistir em manter a votação do texto hoje, dizendo que seria impossível atender aos Estados em relação ao tema, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) voltou atrás e concordou em adiar para terça-feira a apreciação da matéria. O parlamentar reclamou da postura de líderes partidários favoráveis ao postergamento, afirmando que ele só vai servir para que "as corporações continuem a trabalhar dentro da câmara para manter privilégios."
Outro fator que pode ter contribuído para a mudança de rota do câmbio no Brasil é a confirmação de que o Banco Central do México elevou a taxa de juros do país para 4,50% ao ano. Apesar de amplamente esperada, no entanto, a decisão não foi unânime, o que deixa uma sinalização menos inclinada à retirada dos estímulos, nota a Capital Economics.
“A votação apertada sugere que o ciclo de aperto no México irá continuar lentamente apesar das preocupações crescentes com a inflação no país. Isto reforça nossa visão de que a taxa básica no país deve chegara 5,50% no primeiro trimestre de 2022 e que o ciclo terminará mais rápido que a maioria dos investidores espera.”
