O comando da varejista Via, dona das redes Casas Bahia e Ponto, disse nesta quinta-feira (12), em teleconferência com analistas, que as margens da rede no segundo trimestre foram afetadas pelas lojas fechadas da empresa durante quase um mês no intervalo trimestral, além do retorno de despesas que tinham sido reduzidas no mesmo período do ano passado. As lojas ficaram sem operar até a retomada das atividades no comércio no país.
Sobre as despesas, em 2020, os valores pagos em aluguel e salários de empregados foram diminuídos em parte do ano passado, e esses custos retornaram neste ano. “A margem Ebitda de 6,2% não é a nossa recorrente, essa margem é mais na faixa de 7%, 7,5%. Foi um impacto de lojas fechadas, quase em abril todo não operamos, e o efeito de algumas despesas”, disse Roberto Fulcherberguer, presidente da companhia.
Sobre o “marketplace” (shopping virtual), a empresa afirmou que chegou a 70 mil lojistas (era uma meta para o fim de 2021) e que metade dos lojistas da plataforma estão usando sistemas próprios de entrega da companhia. A companhia deve começar a oferecer serviços mais completos de logística (da coleta ao armazenamento e gestão dos estoques) a partir do quarto trimestre.
A empresa informou que vai fazer empréstimo pessoal pela carteira do BanQi, o seu banco digital, e tem R$ 300 milhões separados, neste momento, para isso.
Sobre formas de atrair lojistas para o marketplace, a empresa citou o “take rate” (taxa de comissão paga pelos vendedores).
“O mercado tem cash back, por exemplo, a oferecer, e nós aqui temos o ‘take rate’ para ele experimentar a nossa plataforma. Isso tem sido negociado com ‘sellers’ de menos escala, como estratégia para manter relação com seller”, disse.