Com aumento de demanda na pandemia, os serviços de informação e comunicação alcançaram, em junho, o maior nível da série histórica da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) para o indicador, iniciada em janeiro de 2011. O patamar está quase 10% (9,8%) acima de fevereiro de 2020, antes da pandemia, segundo os dados divulgados nesta quinta-feira pelo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).
No sexto mês de 2021, o segmento teve alta de 2,5% do volume prestado, alcançando no resultado acumulado em 12 meses uma expansão de 3,7%. Para efeito de comparação, as taxas de crescimento para os serviços como um todo foram de 1,7% e 0,4%, respectivamente.
“Em função dessa magnitude de 2,5% de crescimento, os serviços de informação alcançaram o maior nível da série da pesquisa. O destaque é a parte de desenvolvimento e licenciamento de softwares”, diz o gerente do levantamento, Rodrigo Lobo.
Ele explica que este é um setor que tradicionalmente tem comportamento de expansão – diante do alto grau de inovação tecnológica e do dinamismo -, mas que vem registrando taxas mais intensas de crescimento desde maio de 2020, ao se beneficiar da maior demanda de pessoas e empresas por serviços ligados à transformação digital.
“Houve algum tipo de perda em março e abril, mas depois as receitas começaram a crescer de maneira mais acentuada. As empresas que atuam neste segmento se aproveitaram desta nova configuração trazida pela pandemia, em que se precisava de mais tecnologia e de aplicativos de videoconferência, por exemplo... Há toda essa demanda criada de uma forma muito rápida por parte de empresas e pessoas”, afirma.