13/09/2023 às 09h12min - Atualizada em 13/09/2023 às 09h12min

Preço do algodão tem alta em meio a perspectivas de produção recorde

Divergências de preços e perspectivas de recorde na safra impactam o algodão; arroz enfrenta desafios alta nas cotações

- Da Redação, com Cepea
Foto: Divulgação MAPA
Nas primeiras semanas de setembro, o mercado de algodão em pluma tem experimentado flutuações de preço, mas, no geral, a tendência é de alta. De acordo com pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) nesta quarta (13), a liquidez no mercado está baixa, pois compradores e vendedores não conseguem chegar a um consenso sobre os preços. Como resultado, poucos negócios estão sendo realizados, principalmente para atender a necessidades imediatas ou repor estoques.
 
Na semana passada, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) indicou que a produção de algodão em pluma na safra 2022/23 pode alcançar a marca de 3,15 milhões de toneladas, estabelecendo um recorde histórico. Esse aumento na produção deve resultar em estoques consideravelmente elevados até dezembro deste ano, superando dois milhões de toneladas.

Pesquisadores do Cepea destacam que esse excesso de oferta exerce pressão sobre os preços, mas, por outro lado, oferece ao Brasil a oportunidade de conquistar uma fatia maior do mercado internacional. Dado que os Estados Unidos enfrentam desafios na produção, o Brasil tem potencial para se tornar o maior exportador mundial de pluma de algodão até 2024 ou mesmo 2025.
 
Arroz
No Rio Grande do Sul, as cotações do arroz em casca continuam em ascensão, se aproximando da marca de R$ 100 por saca de 50 kg, um patamar que não era visto desde dezembro de 2020. Segundo pesquisadores do Cepea, a demanda pelo produto permanece forte, porém, os vendedores estão relutantes em firmar novos negócios.

De maneira geral, a liquidez no mercado gaúcho está reduzida, em parte devido às preocupações com os impactos de um ciclone extratropical no estado. Além disso, o bloqueio de estradas em várias regiões dificulta o transporte do arroz, criando desafios logísticos adicionais. Esses fatores combinados têm contribuído para a alta dos preços e a falta de movimentação no mercado de arroz no Rio Grande do Sul.
 

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