O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou nesta quarta-feira que convocará líderes de vários países do mundo para uma “Cúpula pela Democracia”. O encontro será virtual e realizado nos dias 9 e 10 de dezembro.
O comunicado divulgado pela Casa Branca não cita nenhum país específico, mas o evento faz parte dos esforços de Biden para isolar a China e recuperar a liderança dos EUA na política internacional.
“O desafio do nosso tempo é mostrar que as democracias podem ter bons resultados, ao melhorarem a vida de seu próprio povo e ao abordarem os maiores problemas enfrentados pelo mundo”, disse Biden na nota.
Segundo a Casa Branca, a cúpula virtual focará em três temas: a defesa contra o autoritarismo, o combate à corrupção e a promoção do respeito aos direitos humanos. Serão convidados chefes de Estados e de governo “de um diverso grupo de países democráticos”, além de representantes da sociedade civil e do setor privado.
Para promover sua ambiciosa agenda econômica, Biden tem afirmado que os EUA precisam de investimentos para vencer o modelo autocrático da China na disputa pela liderança do século XXI. O duelo com Pequim faz parte de uma estratégia para convencer republicanos de que é preciso gastar mais para que o país siga como a principal potência global.
O acordo bipartidário no Senado para aprovar o pacote de US$ 1 trilhão em investimentos em infraestrutura foi descrito recentemente por Biden como uma prova de que a democracia nos EUA está funcionando.
Depois do primeiro encontro virtual, Biden pretende convocar uma nova cúpula, desta vez presencial, em 2022, para dar sequência às discussões e para que os líderes mundiais mostrem os progressos realizados em relação aos compromissos assumidos no primeiro evento.
A Casa Branca descreveu a cúpula como “uma oportunidade para que os líderes mundiais falem honestamente sobre os desafios que a democracia enfrenta”. Coletivamente, segundo o governo americano, eles poderão “fortalecer as bases para a renovação democrática”.