A varejista de moda C&A está confiante de que o segundo semestre deve ser de aceleração da retomada, conforme a vacinação avança e a confiança do consumidor aumenta.
O presidente da companhia, Paulo Correa, destacou que, em abril, a companhia teve apenas 49% em média de horas disponíveis para operação, devido às restrições impostas pela segunda onda da covid-19. A partir de maio e junho, porém, a retomada foi consistente com crescimento de 4% na receita líquida com mercadorias.
“A retomada se mantém no terceiro trimestre, com as vendas impulsionadas pelas temperaturas mais baixas no inverno”, disse. Em julho, a receita de produtos cresceu 14% na base anual. “O fluxo ainda é aquém ao de 2019, mas, a cada semana, temos visto evolução e as últimas quatro semanas foram mais intensas”, acrescentou.
Ainda de acordo com ele, é possível esperar que o quarto trimestre conclua um ano de avanços para a varejista. “O ponto de inflexão da performance e evolução da companhia parece já ter acontecido.”
De olho nessa retomada e no avanço da operação on-line, a C&A está aumentando investimentos. O diretor financeiro Milton Lucato destacou que o nível de recursos aplicados foi um recorde. “E também estamos desenhados para bater o recorde no ano que vem. Estamos conseguindo, pós-IPO [sigla em inglês para oferta inicial de ações], fazer o volume de investimentos que a empresa precisa para ser uma ‘fashion tech’.” A C&A investiu R$ 141,6 milhões no segundo trimestre.
E ser uma empresa tecnológica passa, também, pela abertura de lojas físicas, que ajudam a acelerar as entregas e melhorar a capacidade de multicanalidade. Ao fim de junho, a empresa chegou a 304 unidades, sendo 9 inaugurações no período. “Vamos intensificar a abertura de lojas no segundo semestre”, afirmou Correa.
