25/08/2023 às 10h15min - Atualizada em 25/08/2023 às 10h15min

Agronegócio brasileiro cresce no mercado global durante o primeiro semestre de 2023

Impulsionando o faturamento do setor, volume embarcado apresentou aumento de 14%

- Da Redação, com Cepea
(Foto:Divulgação)
As exportações de produtos agropecuários do Brasil, continuaram a crescer no primeiro semestre de 2023, de acordo com pesquisas do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP. Com base nos dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e da Secretaria de Comércio Exterior (Siscomex), o faturamento em dólar do setor registrou um aumento de 4,5% no período, impulsionado pelo maior volume embarcado, que cresceu 14%. Os preços médios em dólar tiveram uma queda de pouco mais de 8%.

O milho foi o produto que apresentou a maior taxa de crescimento no volume embarcado, com um expressivo aumento de 86%. Já a soja em grão representou o maior volume exportado, correspondendo a 49% de todo o volume escoado pelo agronegócio brasileiro e 40% do valor gerado pela receita em dólar. Portanto, o ano tem sido particularmente favorável para os produtos do complexo da soja, além dos setores sucroalcooleiro e florestal.

Em relação aos preços, os pesquisadores do Cepea observam que, desde meados de 2022, os valores dos alimentos têm apresentado uma tendência de queda, conforme indicado pelo índice das Nações Unidas (FAO). Essa redução nos preços médios de alimentos e energia no mercado internacional se deve ao abrandamento no crescimento da demanda global em 2023, especialmente em decorrência dos problemas enfrentados recentemente pela China, aliado ao aumento da produção mundial.

Quanto às expectativas para o segundo semestre, o comportamento dos preços internacionais das commodities, dependerá do tamanho da safra no Hemisfério Norte e da ocorrência de eventos imprevistos ao longo do período. Em relação ao câmbio, espera-se que se mantenha em torno de R$5/US$ neste segundo semestre.

No entanto, o aumento contínuo das taxas de juros nos Estados Unidos provavelmente atrairá mais capital para o país, pressionando o valor do dólar globalmente, incluindo o Brasil. Além disso, prevê-se um aumento moderado da inflação no Brasil nos próximos meses, mas com fechamento em torno de 4% no acumulado do ano. Combinados, esses fatores não devem resultar em grandes oscilações na rentabilidade do setor nos próximos meses.

Com a colheita concluída e a moeda mais estável, resta ao setor agroexportador esperar que os preços no mercado internacional não se depreciem excessivamente, permitindo que o faturamento supere os US$160 bilhões e estabeleça um novo recorde neste ano.

 
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