27/07/2023 às 09h16min - Atualizada em 27/07/2023 às 09h16min
Em seis meses, queimadas caem no Brasil, porém, aumentam na Amazônia
No Cerrado, cerca de 75% da área queimada, ocorreu em vegetação nativa
- Da Redação, com MoneyTimes
(Foto:pixabay) O primeiro semestre de 2023, registrou um total de 2,15 milhões de hectares queimados no Brasil, o que representa uma queda de 1% em relação ao mesmo período de 2022, segundo dados do MapBiomas. No entanto, na Amazônia, houve um aumento expressivo de 14% nas queimadas em comparação ao ano anterior, totalizando 1,45 milhões de hectares queimados nos primeiros seis meses do ano, o que representa 68% de toda a área queimada no Brasil nesse período.
O Cerrado ocupa o segundo lugar em termos de área queimada, com 639 mil hectares ou 30% do total, o que representa um aumento de 2% em comparação ao primeiro semestre de 2022. A maior parte da área queimada (84%), foi em vegetação nativa, com as formações campestres, sendo as mais afetadas. Entre os tipos de uso agropecuário, as pastagens se destacaram, representando 8,5% da área queimada.
Em relação à distribuição das queimadas por estado, quase metade da área queimada no país nos primeiros seis meses de 2023, está concentrada em um único estado da Amazônia: Roraima, com 1 milhão de hectares queimados, o que corresponde a 49% do total. Os estados de Mato Grosso e Tocantins vêm em seguida, com 258 mil hectares e 254 mil hectares queimados, respectivamente.
Cerrado
No Cerrado, cerca de 75% da área queimada, ocorreu em vegetação nativa, principalmente formação campestre e savânica, e 25% em áreas antrópicas, principalmente agricultura. A coordenadora operacional do MapBiomas Fogo e pesquisadora do IPAM, Vera Arruda, destaca que a área queimada no Cerrado no primeiro semestre de 2023, está dentro da média dos últimos anos, com destaque para as queimas prescritas como parte da estratégia de prevenção de incêndios florestais do Manejo Integrado do Fogo (MIF). No entanto, a área queimada em junho foi maior do que nos meses anteriores e a situação pode se agravar com a chegada do fenômeno do El Niño.
Em outros biomas, como Mata Atlântica e Pantanal, a área queimada foi a menor nos últimos cinco anos, totalizando 10.220 hectares e 13 mil hectares, respectivamente. No Pantanal, a maior parte das queimadas ocorreu em formações campestres. Na Caatinga, a área queimada também foi inferior aos anos anteriores, com 818 hectares queimados, e no Pampa, foram queimados 7 mil hectares, sendo 58% da área em formações campestres.