25/07/2023 às 11h07min - Atualizada em 25/07/2023 às 11h07min

Fertilizante à base de potássio captura até 120 quilos de CO2 por tonelada

Em 2022, o mercado global de créditos de carbono totalizou US$ 909 bilhões

- Da Redação
(Divulgação)
Um estudo independente realizado na Newcastle University (UK) confirmou que cada tonelada do fertilizante multinutriente potássico pode capturar até 120 kg de dióxido de carbono (CO2), o principal gás causador do efeito estufa. A conclusão é do professor David Manning, PhD e especialista em solos, que analisou a matéria-prima usada pela companhia mineira Verde Agritech para fabricar o produto, o siltito glauconítico. 

Com isso, em um cenário de produção de 50 milhões de toneladas por ano, a empresa seria responsável por um dos maiores projetos de captura de carbono do mundo, pois atingiria um total de seis milhões de toneladas de CO2 subtraídas da atmosfera. A conclusão indica que o fertilizante absorve o CO2 atmosférico enquanto libera nutrientes como o potássio (K), adubo essencial para a produção de alimentos. Considerando a capacidade atual de produção da empresa, de três milhões de toneladas por ano, a companhia pode capturar até 360 mil toneladas de CO2 anualmente. 

“O Enhanced Rock Weathering (ERW – Intemperismo de Rocha Acelerado) é um processo natural pelo qual CO2 é removido da atmosfera quando reage com minerais de silicato presentes em certos tipos de rochas. Em outras palavras, através da meteorização, certos tipos de minerais absorvem naturalmente o CO2 da atmosfera e o armazenam permanentemente na nova estrutura mineral”, disse a empresa em comunicado ao Mercado, nesta quarta-feira (19).  

As análises do produto realizadas na Newcastle University, após uma extensa pesquisa geológica, que incluiu mais de 40 mil metros de perfuração e análises químicas, confirmaram a eficiência na captura de carbono.  

Os projetos de captura de carbono ERW são escaláveis, rentáveis e dependem da vontade dos agricultores de aplicar minerais em grande escala nas lavouras. De acordo com a fabricante do Verde Agritech, as vantagens do projeto estão resumidas em cinco pontos: os produtos têm uma taxa de dissolução rápida, como evidenciado por ensaios agronômicos e liberação de potássio; são fontes de macronutrientes essenciais para as plantas, o que cria uma motivação significativa para os agricultores os adotarem em vez dos fertilizantes químicos tradicionais; têm reservas minerais certificadas que comprovam a consistência confiável da sua mineralogia, a eficácia da captura de carbono e a ausência de elementos deletérios; são certificados como orgânicos por várias organizações governamentais e não governamentais, incluindo algumas das normas globais mais rigorosas, como o Registro de Fertilizantes do Estado de Washington e o Departamento de Alimentação e Agricultura da Califórnia; e são submetidos a um controle meticuloso do tamanho das partículas durante o processo de fabricação, garantindo uma distribuição consistente do tamanho das partículas.

"Este é um momento de rutura para a agricultura em geral porque marca o ponto em que a nutrição das plantas pode ser direta e quantificavelmente ligada à captura permanente de carbono. Vamos agora dedicar energia e recursos significativos à Análise do Ciclo de Vida, que determinará a pegada de carbono dos nossos produtos - se houver alguma - e a melhor forma de obter a monetização de potenciais créditos de carbono", disse o fundador CEO da Verde Agritech, Cristiano Veloso.
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