10/08/2021 às 07h12min - Atualizada em 10/08/2021 às 07h12min

Aquecimento global pode prejudicar agricultura brasileira, diz Ministério

A ministra da Agricultura e Abastecimento, Tereza Cristina, disse ontem que o relatório do Painel Intergovernamental sobre o Clima da ONU (IPCC) mostra que o aquecimento global mais acelerado do que o previsto pode causar prejuízos à agricultura mundial e, especificamente, para a brasileira.

"Cenários de aumento de seca, chuvas mais intensas, aumentos ou diminuição de temperatura podem levar a perdas de produção e comprometer diretamente a segurança alimentar nacional e global, gerando prejuízos socioeconômicos incalculáveis", afirmou a ministra por meio de nota.

O relatório da ONU sobre o clima deixa claro que a Terra está se aquecendo mais rápido do que o previsto por cientistas. A temperatura aumentou 1,5ºC desde a pré-Revolução Industrial, há 300 anos. A expectativa é para eventos climáticos gravíssimos frequentes, como enchentes e ondas de calor, por exemplo.

A ministra disse para o Portal Terra que "o documento traz cenários preocupantes de mudanças do clima, evidenciando ainda mais a vulnerabilidade do setor. Ressaltamos que o setor agropecuário é um dos mais vulneráveis à mudança do clima".

O relatório deixa claro, após provas científicas, que o aquecimento é resultado da ação do homem. “A pasta afirmou que trabalha na mitigação de emissão de gases do efeito estufa no setor agropecuário. O ministério também mencionou a iniciativa da Carne Carbono Neutro”, diz trecho do texto da nota do Ministério, no Portal Terra.

Mesmo diante do desastre que o relatório indica, e que se avizinha, o Ministério do Meio Ambiente informou que o Brasil, sozinho, não vai mudar as suas metas de emissão de gás carbônico. "O compromisso brasileiro é uma meta percentual de redução de emissões frente ao ano base de 2005 e, por ser de longo prazo, não foi e não deve ser alterada a cada revisão metodológica", declarou a pasta.

O Meio Ambiente ressalta ainda que "ela é uma das mais ambiciosas entre os países em desenvolvimento, por abarcar a economia como um todo e apresentar metas intermediárias".

Segundo o Relatório, a redução de gases que provocam o efeito estufa, como o dióxido de carbono (CO2) e outros gases são o caminho para evitar uma catástrofe ainda maior. Isso porque, ele indica que o Brasil deverá ser um dos países mais afetados, com secas recorrentes e mais drásticas, impactando justamente na produção de alimentos.

Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), no governo do presidente Jair Bolsonaro o número de focos de incêndio na Amazônia, no Cerrado e Pantanal sofreu aumento descontrolado.

Em 2020, o Cerrado brasileiro, assim como o Pantanal, registrou as piores queimadas já captadas pelos satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), órgão do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações.

 

(Da Redação, com informações do Portal Terra)


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