Os contratos futuros do ouro fecharam em queda nesta segunda-feira (9), recuando ao seu menor nível desde março, pressionado pelos temores em torno da desaceleração da recuperação econômica chinesa.
O contrato do ouro para dezembro fechou em queda de 2,07%, a US$ 1.726,50 por onça-troy na Bolsa de Mercadorias de Nova York, depois de chegar a operar em queda de mais de 3% na mínima intradiária. O índice dólar DXY, que normalmente tem correlação negativa com o metal precioso, sobe 0,14%, a 92,933 pontos.
No fim de semana, a China reportou que o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) subiu 1,0% em julho, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, desacelerando em relação à leitura de 1,1% de junho. O número ficou, porém, um pouco acima da expectativa de consenso, de alta de 0,8%.
"Nossa medida proprietária de crescimento da China — o Proxy de Atividade da China — está começando a mostrar os primeiros sinais de que a economia do país asiático está desacelerando", disse Neil Shearing, economista-chefe da Capital Economics, em nota.
"Uma desaceleração no crescimento sempre foi provável, dado que a economia tem operado acima da tendência desde o fim do ano passado. Mas a desaceleração é um lembrete de que os desafios de crescimento de longo prazo da China não foram embora", explica Shearing.
O dado mais aguardado no exterior, agora, é o índice de inflação ao consumidor nos EUA, que será divulgado na quarta-feira (11). A expectativa dos economistas consultados pelo "Wall Street Journal" é de uma leve queda a 5,3% do CPI americano na comparação anual, de 5,4% da leitura do mês anterior.