Um empreendimento desenhado a partir de uma necessidade do ecossistema de inovação agropecuária no Brasil. Este é o conceito do AgNest Farm, iniciativa conjunta da Embrapa Agricultura Digital (Campinas/SP) e da Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna/SP), voltada para a promoção da inovação aberta e do empreendedorismo, com foco na busca de soluções digitais e sustentáveis para a agricultura.
A chamada pública do AgNest foi aberta dia 20 de dezembro, data de lançamento da iniciativa, e se estenderá até o dia 18 de fevereiro de 2022. “Nesse período, os interessados podem contatar a Embrapa para tirar dúvidas, obter detalhes sobre a chamada e, inclusive, agendar visitas presenciais ao local do empreendimento, para conhecer a infraestrutura existente”, informa Vitor Mondo, pesquisador da área de negócios da Embrapa Agricultura Digital.
O laboratório vivo, localizado em Jaguariúna (SP), vai oferecer infraestrutura para startups do agronegócio (agtechs e foodtechs) realizarem a experimentação, validação e demonstração de novas tecnologias, num ambiente que possibilitará a conexão com instituições de pesquisa, desenvolvimento e inovação, corporações e investidores.
Conforme Mondo, não existe um espaço no formato fazenda, com as dimensões do AgNest e com a estrutura que está projetada. “Esse ambiente de inovação tem a característica de um laboratório vivo, no formato fazenda operacional, em menor escala, e com toda a estrutura para ações que vão da ideação, à pesquisa e o desenvolvimento, até ações comerciais pelas agtechs e, também, pelas corporações ali presentes”, detalha.
Parceiros fundadores
Segundo Mondo, nesse primeiro momento, o AgNest quer atrair empresas para assumirem a posição de parceiros fundadores conjuntamente com a Embrapa. “Essas empresas terão a oportunidade de participar da estruturação do empreendimento e da sua implementação, contribuindo inclusive com o estabelecimento da sua governança, refletida em uma posição no Conselho Gestor”, explica.
Por isso, Mondo diz que as vagas na chamada pública são limitadas a quatro empresas, sendo uma do setor de Tecnologia da Informação e Comunicação, já que o empreendimento tem a agricultura digital como um de seus pilares, e as outras três vagas para a indústria agropecuária, incluindo insumos, biotecnologia, máquinas e implementos e serviços agropecuários.
“Com esse olhar, buscamos empresas de grande porte, com faturamento anual superior a R$ 300 milhões, e que tenham um perfil de inovação claro, avaliados por critérios quanto à estrutura e atuação com inovação e inserção no ecossistema de inovação”, diz Mondo.
Oportunidades de inserção
Paula Packer, chefe-adjunta de Transferência de Tecnologia da Embrapa Meio Ambiente, informa que, após o chamamento dos parceiros fundadores, nas etapas seguintes outras oportunidades de inserção no AgNest serão abertas. “Há possibilidades de convergência de conhecimento, recursos, interesses e experiência, no papel de parceiros de inovação, parceiros acadêmicos, agentes de inovação e agtechs”, esclarece.
Na opinião de Paula, O Agnest Farm é um espaço que supri uma demanda para atuação em campo, em um Estado que conta com praticamente 50% das agtechs do País. “Com certeza, o empreendimento fortalece Jaguariúna, mas fortalece todo o ecossistema de inovação do agro no Estado de São Paulo e no Brasil”, enfatiza. Mondo arremata: “Porém, devemos olhar além do território municipal.”
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