As compras remotas, que ganharam ainda mais força com o isolamento social proveniente da pandemia, cresceram de forma expressiva no segundo trimestre de 2021. Segundo dados da Abecs, associação que representa o setor de meios eletrônicos de pagamento, o uso de cartões na internet e em aplicativos movimentou R$ 135,1 bilhões no período. O valor representa uma alta de 46,5% na comparação anual.
No acumulado do primeiro semestre deste ano, o valor chegou a R$ 255,2 bilhões, alta de 41,2%. Segundo a Abecs, o mês de abril foi o que registrou mais transações, com alta de 60% nos pagamentos on-line.
Já os pagamentos por aproximação, em que o consumidor faz a transação apenas encostando o cartão na maquininha, cresceram 694% no segundo trimestre deste ano na comparação com o mesmo período do ano passado. As transações desse tipo somaram R$ 34,4 bilhões.
O tipo de pagamento mais usado nessa modalidade foi o crédito, com R$ 19 bilhões. Em seguida, aparece o cartão de débito, com R$ 10,6 bilhões e o pré-pago, com R$ 4,8 bilhões.
Nos primeiros seis meses do ano, foram R$ 53 bilhões movimentados dessa forma, uma alta de 540,7% na comparação anual. De novo, o crédito aparece com destaque, com R$ 30,1 bilhões transacionados. O débito teve R$ 15,7 bilhões e os cartões pré-pagos, R$ 7,1 bilhões.
O volume total transacionado em cartões foi de R$ 609,2 bilhões no segundo trimestre deste ano, o que representa uma alta de 52% em relação ao segundo trimestre do ano passado. No primeiro semestre, o volume foi de R$ 1,2 trilhão, alta de 33,2%.
As transações no cartão de crédito totalizaram R$ 371,3 bilhões no segundo semestre, alta de 53%. No débito, o volume foi de R$ 214 bilhões, alta de 42,3%. Por fim, nos cartões pré-pagos, o volume foi de R$ 23,9 bilhões, alta de 214,3%.
No primeiro semestre do ano, os cartões de crédito foram responsáveis por R$ 707,2 bilhões, alta de 30,8%. O débito registrou R$ 418,4 bilhões, alta de 30,3%. Já nos cartões pré-pagos, o volume foi de R$ 41,8 bilhões, alta de 183,2%.
Nos primeiros seis meses do ano, a quantidade de transações registrada foi de 13,6 bilhões, uma alta de 30,5%. No crédito, foram 6,5 bilhões de transações, alta de 26,4%. No débito, 6,2 bilhões, alta de 23,2% e por fim, nos cartões pré-pagos, a alta foi de 223,5%, com 960 milhões de transações.
A inadimplência dos consumidores em relação ao cartão de crédito caiu para sua menor taxa desde a criação da série histórica que acompanha esses dados. Segundo informações da Abecs, em abril a taxa de inadimplência chegou a 3,8%.
Esse número é, inclusive, menor do que o índice de inadimplência geral da pessoa física em empréstimos recursos livres, hoje em 4%. Nele, estão inclusas linhas como crédito consignado, crédito pessoal e financiamento de veículos.
Segundo a associação, o dado mostra que o brasileiro tem usado o cartão de forma mais consciente. Segundo dados do Banco Central, o saldo das transações sem juros do cartão cresceu 40,5% em junho, em comparação com o mesmo mês do ano passado. Já o crédito rotativo caiu 8,3% e registrou sua 11ª queda consecutiva.
Os brasileiros gastaram R$ 3,7 bilhões no exterior no segundo trimestre deste ano, o que representa uma alta de 59,5% na comparação anual. Em dólares, os valores foram de US$ 708 milhões, uma alta de 62%.
O número voltou a crescer depois de seis trimestres consecutivos de queda. Já os gastos dos estrangeiros aqui foram de R$ 2,6 bilhões (alta de 70,7%). Em dólares, o valor foi de US$ 492,7 milhões, alta de 73,6%.