08/07/2022 às 12h16min - Atualizada em 08/07/2022 às 12h16min

Os impactos do manejo na pecuária

Gestão e boas práticas garantem bons resultados no campo

Com o aumento da demanda mundial por alimentos de origem animal, a adoção de boas práticas nas atividades pecuárias, tanto no leite quanto no corte, têm sido cada vez mais importantes, não só em relação à produtividade, mas também para garantir o desenvolvimento.

Nesse viés, os cuidados com a saúde e bem-estar dos animais, como também de seus respectivos tratadores, têm impactado diretamente na gestão das propriedades e nos resultados.

“Todas as fases da vida do animal devem ser observadas atentamente, do nascimento ao abate. Entre os benefícios das boas práticas de manejo de gado está a obtenção de maiores ganhos a baixo custo de produção, ou seja, maior eficiência nas propriedades”, destaca o zootecnista e doutor em Nutrição Animal, André Pastori D’Aurea, da Premix.

O especialista informa que um dos principais investimentos para garantir o desenvolvimento sustentável da atividade é o treinamento e capacitação dos colaboradores. “Isso é fundamental para que haja um padrão no tratamento com os animais. Além disso, a estrutura dos currais, acesso a água, entre outros cuidados com o bem-estar animal vão impactar de forma positiva e garantir a sustentabilidade do ciclo produtivo”.

De acordo com o zootecnista, quando se trata de animais de corte, para que o manejo seja o melhor possível, é necessário reforçar as ações voltadas para o bem-estar e, assim, garantir a qualidade de vida dos animais enquanto se produz mais e melhor. “No entanto, antes de saber o que fazer exatamente para melhorar os resultados, é preciso identificar o que está errado”, orienta D´Aurea.

Ele acrescenta que o manejo inadequado sempre terá um impacto negativo na produtividade. A prática errada do manejo traz riscos como possíveis lesões, não só dos animais, mas também de seus cuidadores, estresse hormonal, o que acarreta no aumento da produção de cortisol, além de hematomas em animais que estão indo para embarque, entre outros problemas. “Enfim, a atividade, como um todo, demanda cuidados”, observa.

Outra prioridade, segundo o especialista, é que não basta ter um bom manejo de curral, mas é necessário acrescentar o rodeio do gado, pois o boi gosta de rotina, e isso deve ser observado sempre que se pretende que as atividades atinjam resultados satisfatórios em saudabilidade e na produtividade do rebanho. “Com um manejo inadequado, o pecuarista não produz de maneira lucrativa e apenas arca com os prejuízos da falta de cuidado”, avisa.

Para isso, o zootecnista explica que os cuidados começam desde o nascimento do bezerro, passando pelo transporte dos animais de corte até ao abate. “Fases como recepção e destinação, identificação dos animais, pesagem individual, vermifugação e vacinação do rebanho, monitoramento do consumo e do desempenho do gado, leitura de cocho para o ajuste da alimentação, além de observar as condições adequadas de cocho e de água são fundamentais para que o processo todo seja saudável e rentável”, detalha D´Aurea.

Segundo ele, para cumprir todos os requisitos, é necessário contar com uma equipe treinada e alinhada com os propósitos da fazenda. “É importante capacitar os funcionários sobre as boas práticas de manejo de gado no curral em relação à sanidade, alimentação e outras atividades realizadas diariamente na propriedade”, orienta.

“Assim, a equipe vai compreender a importância de tratar bem o rebanho”, diz o zootecnista, ressaltando que todos os manejos, quando bem executados, contribuem para a qualidade de vida e promovem melhor desempenho dos animais.


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