O presidente Jair Bolsonaro admitiu nesta segunda-feira (09) que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do voto impresso deverá ser derrotada no plenário da Câmara dos Deputados “se não tivermos uma negociação antes”. Bolsonaro acusou o ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), de “apavorar” parlamentares que respondem a processos na Justiça.
“Vai, mas se não tivermos uma negociação antes, um acordo, vai ser derrotada a proposta porque o ministro Barroso apavorou alguns parlamentares. E tem parlamentar que deve alguma coisa na Justiça, que deve no Supremo. Então, o Barroso apavorou. Ele foi para dentro do Parlamento fazer reuniões com lideranças, praticamente exigindo que o Congresso não aprovasse o voto impresso", disse, em entrevista à rádio “Brado”, da Bahia.
Ao lado do ministro da Cidadania, João Roma, o presidente voltou a falar que gostaria de garantir 100% de reajuste no valor do Bolsa Família, mas até agora garante 50% porque é preciso ter responsabilidade com as contas públicas. A proposta de mudança no programa social será levada hoje pelo presidente ao Congresso.
“Estamos em fase quase final de definirmos um novo valor do Bolsa Família. Nos criticam que essa última fase do auxílio emergencial são R$ 250, mas o Bolsa Família médio é R$ 192. E nós acertamos aqui no mínimo 50% de reajuste no Bolsa Família. Nós queremos é 100%, mas temos que ter responsabilidade. A economia não pode quebrar. Se quebrar a economia não adianta você ganhar 1 milhão por mês que você não vai comprar um pãozinho”, argumentou.