29/12/2022 às 10h36min - Atualizada em 29/12/2022 às 14h12min

O Sol como instrumento da sustentabilidade

O ano ainda não terminou, mas podemos afirmar que 2022 foi o melhor para a energia solar no Brasil. O crescimento foi de 66,7%. A capacidade instalada para geração saltou de 8,4 GW para 14 GW em apenas um ano. O Brasil é hoje o 4º país que mais investe e recebe investimentos em energia solar fotovoltaica.

É certo que o Marco Legal da Geração Distribuída, que dá até 7 de janeiro de 2023 para os interessados em aderir ao sistema sem as taxações que serão impostas após esta data, ajudou a corrida à energia solar. Quem entrar no sistema depois da data, vai passar a pagar um imposto chamado Custo Sol.

“A taxação do sol foi a principal mudança da lei (Marco Legal). Isso significa que a partir de 7 de janeiro de 2023, o consumidor passará a arcar com os custos de distribuição da energia, uma cobrança que hoje não existe”, explica CEO da Polo Energia, Francis Polo. A nova taxa será cobrada nas contas de energia de todos os estabelecimentos (residencial, comercial, rural e empresas de todos os portes) que instalarem as placas solares depois de 7 de janeiro.

A corrida pela energia solar não é apenas devido ao prazo limite para ser ou não taxado. O Marco impulsionou o investimento no Brasil. O crescimento no mundo, no entanto, é movido por vários outros fatores. Países começam a incentivar mudanças em suas matrizes energéticas para se adequar aos acordos climáticos internacionais e barrar o aumento da temperatura global até 2050.

A instabilidade política mundial após a invasão da Ucrânia pela Rússia e os efeitos a pandemia também estimulam as nações a buscarem a independência energética e a sobrevivência em um suposto cenário onde se estabelece o colapso das relações internacionais. O Brasil não foge à regra. Pelo contrário.

Na verdade, a Transição Energética é um imperativo para a sobrevivência da vida como a conhecemos. O aquecimento global é motivado pelo uso dos combustíveis fósseis e pela eliminação de todos os biomas mundiais. A energia solar é um dos instrumentos que o homem em na mão para administrar tamanha mudança.

No Brasil, em 2022, pela primeira vez, sozinha, a energia solar ultrapassou produção da Hidroelétrica de Itaipu, a segunda maior do mundo. Em breve,  deve superar a produção de energia eólica instalada. Entre 2021 e 2022, o Brasil passou de R$ 42,4 bilhões investidos para R$ 76,7 bilhões. Cresceu 80,9%. Passou a ser o 4º maior investidor. A maior fatia ainda fica com as instalações residenciais. Elas somam 78,4% das conexões.

A energia solar é importante para baratear em até 95% sua conta de luz em um mês. O cenário é o mesmo, quando a instalação é comercial, industrial ou rural. Mesmo após janeiro de 2023, com o novo imposto, a energia solar vai continuar sendo a melhor opção para o consumidor economizar. Em 2022, ela passou de 2,5% para 4,1% na oferta de energia elétrica no Brasil.

O Brasil é um dos países com as melhores condições naturais para produzir energia solar. O país é privilegiado na irradiação solar. Os preços dos equipamentos, com a adesão em massa, vêm caindo muito. Hoje parte importante das instalações no Brasil são em residências de moradores das casses C e D. As Pequenas e Médias Empresas (PMEs) também investem.

Para parte dos consumidores, a busca ela energia solar é econômica. Para oura parte, a instalação do sistema é a ajuda que cada um de nós pode dar para impedir a emissão de gases do efeito estufa com a queima de combustível fóssil para produzir energia. Tanto o carvão mineral como o petróleo. Na falta de rios par hidroelétricas, parte importante de países recorre aos combustíveis fósseis para o dia a dia e para o aquecimento no inverno.

O Sol, é a única matéria-prima que todos têm, sua captação é gratuita e não resulta em nenhum tipo de elemento que interfira na poluição ambiental ou no aquecimento global.

Mudança

Projeto de Lei do deputado federal Celso Russomano (PP) aprovado pela Câmara Federal prorroga em um ano a entrada em vigor da data limite para os consumidores que queiram aderir à Geração Distribuição. O projeto está agora no Senado Federal. Se for aprovado, a data para aderir à energia solar com as atuais regras, passa a ser 7 de janeiro de de 2024.


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