A China registrou mais 80 casos de transmissão local da covid-19 nesta sexta-feira, enquanto continua a luta para controlar o surto causado pela variante delta com uma combinação de “lockdowns”, testes em massa e restrições de viagens.
Do total, 58 casos foram detectados na cidade de Yangzhou, na província de Jiangsu, onde a variante delta começou a se espalhar após ser detectada entre funcionários do aeroporto da capital Nanjing. Outras seis províncias diagnosticaram infecções, indo desde Hainan, no sul do país, até a Mongólia Interior, na fronteira com a Rússia.
O número de casos ligados a Nanjing já superou 500 desde meados do mês passado. Diferentemente de outros surtos, o vírus se espalhou mais rapidamente por várias regiões do país. Isso fez com que Pequim adotasse medidas rígidas. Viagens estão restritas, várias comunidades foram colocadas em confinamento e a cidade de Zhangjiajie, de 1,5 milhão de habitantes, está isolada.
As medidas fazem parte da estratégia de “tolerância zero” da China, que teve sucesso em conter surtos anteriores. Mas as restrições estão tendo um grande impacto na sociedade e na economia, o que já fez alguns analistas revisarem as previsões de crescimento do país no terceiro trimestre.
Outros 44 casos importados foram notificados nesta sexta-feira, segundo a Comissão Nacional de Saúde. Em todo o país, 1.370 pessoas estão sendo tratadas para a covid-19, sendo que 34 delas estão em estado grave.
Pequim diz já ter aplicado mais de 1,6 bilhão de doses de vacinas contra o vírus. Mas há dúvidas sobre a eficácia dos imunizantes chineses, especialmente contra a variante delta.