O principal índice da bolsa de valores local opera em alta consistente nesta sexta-feira e caminha para encerrar a semana com ganhos. Segundo participantes do mercado, as declarações conciliatórias do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), contribuíram para uma melhora no clima dos negócios, que vinha tenso após o acirramento dos conflitos institucionais entre os poderes desde ontem. Além disso, a alta firme dos bancos e da Vale, que possuem peso elevado no Ibovespa, contribuem para os ganhos nas ações.
Ao redor das 16 horas, o Ibovespa subia 1,05%, aos 122.907 pontos após ter registrado 123.287 nas máximas do dia. Nas mínimas, o índice caiu aos 121.568 pontos, quando oscilaram para o território negativo. O giro financeiro era de R$ 13,3 bilhões, com volume projetado para R$ 15,76 bilhões até o fim do dia.
"Vimos ontem, no fim da sessão, os futuros do Ibovespa recuarem bastante com as declarações que o Bolsonaro tinha dado e que culminaram com o cancelamento da reunião entre os líderes dos três Poderes. Nesse sentido, uma fala conciliatória é interessante para apaziguar os ânimos", afirmou o analista da Guide Investimentos, Henrique Esteter.
Ele também ressalta que o noticiário corporativo também pesou na melhora do índice, com valorização expressiva dos bancos. "Os resultados, com a exceção do Bradesco, vieram bem positivos, com provisões bem menores do que o mercado esperava. Além disso, o ciclo altista das taxas de juros também é favorável para o setor financeiro", disse.
As ações do Banco do Brasil ON subiam 3,21%, enquanto os papéis do PN do Itaú avançavam 3,40% e do Bradesco tinham ganhos de 2,11%. As units do Santander anotavam alta de 4,00%.
Os papéis da Vale também puxavam a recuperação do índice, operando em alta de 0,75%, após as perdas superiores a 3% do dia anterior.
Já as ações PN da Petrobras caíam 0,04%, enquanto as ordinárias cediam 1,23%. Analistas classificam o movimento como um ajuste após a alta expressiva da véspera, quando os papéis subiram quase 10% em reação à divulgação de seu balanço do segundo trimestre.