05/08/2021 às 15h00min - Atualizada em 05/08/2021 às 15h00min

Euforia pós-Copom perde força e dólar passa a operar perto da estabilidade

Embora a decisão de elevar a Selic em 1 ponto percentual já estivesse nos preços do mercado, o tom duro utilizado pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central para se referir aos passos futuros do ajuste foi bem recebido pelo mercado. O dólar exibiu queda relevante contra o real já nos primeiros negócios desta quinta-feira e, nas mínimas, marcou R$ 5,11. Ao longo da manhã, porém, a moeda americana voltou a ganhar força, em movimentos atrelados ao exterior e com os agentes financeiros também atentos a declarações de dirigentes do Federal Reserve (Fed, banco central americano).

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Assim, por volta de 14 horas, o dólar era negociado a R$ 5,1819, em alta de 0,04%. No mesmo horário, o índice DXY, que mede o desempenho do dólar contra uma cesta de outras seis moedas fortes, se afastava das mínimas ao cair apenas 0,05%, para 92,22 pontos, enquanto o retorno da T-note de dez anos avançava para 1,209%.

A elevação de 1 ponto na Selic pelo Copom era amplamente esperada pelo mercado, mas a indicação do colegiado de que levará o juro básico para um nível superior ao de equilíbrio pegou uma parte dos participantes do mercado de surpresa. Além disso, algumas casas já alteraram seus cenários e passaram a esperar uma Selic mais alta no fim do ano. O Credit Suisse, por exemplo, elevou sua projeção para a taxa de 7,25% para 8,25% no fim do ano, enquanto o Santander aumentou sua estimativa para a Selic de 7% para 7,5%.

Os estrategistas do Citi, em relatório enviado a clientes, esperavam um desempenho positivo do real logo no início do dia diante do tom mais duro adotado pelo Banco Central e diante da possibilidade de uma Selic ainda mais alta no fim do ciclo. Esse cenário se materializou e, logo no início do dia, o dólar chegou a cair a R$ 5,1108 na mínima do dia.

No entanto, o alívio com a possibilidade de juros mais altos durou pouco e, ao longo da manhã, a moeda americana ganhou força. O movimento também se deu alinhado à abertura dos juros futuros, sendo que os mais longos exibem alta de mais de 20 pontos-base. No exterior, a curva de rendimentos dos Treasuries também se ajustou em alta firme.

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