São Paulo, 10 - O setor ligado à avicultura no Paraná e membros do governo estadual participaram, na quinta-feira, 9, de encontro que debateu estratégias para o enfrentamento da influenza aviária, na hipótese de a doença ingressar no Brasil - o País é o único grande produtor avícola que ainda não apresentou casos da gripe aviária em seus plantéis. Durante a reunião, realizada em Cascavel, oeste paranaense, o gerente de Saúde Animal da Agência de Defesa Agropecuária do Estado (Adapar), Rafael Gonçalves Dias, apresentou o Plano de Contingência estadual, considerando o impacto potencial da doença para a avicultura nacional, a segurança alimentar e a saúde pública, além das perdas diretas e indiretas para a cadeia produtiva. Empresas ligadas ao setor e cooperativas também expuseram seus planos de ação, informou, em nota, a Secretaria da Agricultura e do Abastecimento. Segundo a pasta, o Paraná está em estado de alerta contra a gripe aviária desde outubro de 2022, quando países da América Latina começaram a ter registros da doença. "Desde então, o Sistema Estadual de Agricultura (Seagri) tem reforçado o trabalho de prevenção", disse, na nota. "A Adapar vem realizando vigilância ativa nas propriedades rurais do Paraná, seja em estabelecimentos comerciais de produção, reprodução ou postura. Além disso, todas as notificações recebidas de suspeitas são atendidas prioritariamente." Outra recente medida também foi a proibição da presença de aves de quaisquer espécies em exposições agropecuárias e torneios. Na reunião, o diretor-presidente da Adapar, Otamir Martins, informou que técnicos da agência têm orientado avicultores, particularmente em relação aos cuidados com a manutenção das telas e portas dos aviários, para não deixar frestas, e não permitir a entrada de pessoas estranhas à produção. A notificação de suspeita pode ser realizada por qualquer cidadão, presencialmente ou por telefone em qualquer Unidade Local da Adapar, ou, diretamente, por meio da plataforma e-Sisbravet.
