10/03/2023 às 09h00min - Atualizada em 10/03/2023 às 09h00min

Café: volume exportado pelo País cai 33% em fevereiro, para 2,4 milhões de sacas

São Paulo, 10 - As exportações de café do Brasil somaram em fevereiro 2,396 milhões de sacas de 60 kg, 33,3% menos que em igual período do ano passado. A receita foi de US$ 505,9 milhões, 38,5% abaixo do registrado um ano antes, informou o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé). O preço médio da saca, de US$ 211,13, foi 7,9% menor. Conforme a entidade, nos oito primeiros meses do ano safra 2022/23 o Brasil acumula exportação de 24,621 milhões de sacas (-7,7%) e receita de US$ 5,704 bilhões (+13%), resultado de preços mais elevados no período ante o anterior. Segundo o presidente do Cecafé, Márcio Ferreira, em nota, a queda no volume exportado em fevereiro reflete o período de entressafra, após duas colheitas menores, afetadas pelo clima. "Quanto mais longe de uma safra alta, como a de 2020, que foi recorde, menos café remanescente temos, impactando na oferta", disse. Ele acrescentou que, apesar de a Bolsa de Nova York ter se recuperado em janeiro e fevereiro, "ainda está bem aquém dos níveis registrados em setembro, antes do início do movimento de queda, quando o produtor aproveitou a combinação de mercado e câmbio favoráveis e vendeu o que era possível". Ainda de acordo com Ferreira, as cotações ainda não estimulam os produtores a negociar estoques. Sobre o café arábica, ele disse que os níveis praticados no mercado interno superam a cotação da Bolsa de Nova York e, por consequência, o volume negociado no Brasil é menor do que o fluxo normal. "Esse cenário faz com que os clientes internacionais busquem café no spot - à vista no exterior -, que corresponde ao preço da bolsa, ou até mesmo com desconto, dependendo da qualidade do produto em relação aos padrões da plataforma nova-iorquina", explica. O executivo destaca a crescente demanda do mercado nacional pelo café canéfora. "Com o spot lá fora mais atrativo do que nosso arábica (<i>Free on Board</i>) FOB e os conilon e robusta majoritariamente direcionados às indústrias internas, o Brasil perde competitividade nas exportações das duas variedades. Esse é um comportamento que, possivelmente, seguiremos vendo até a entrada da safra 2023, mais especificamente do arábica, entre junho e julho, quando deveremos ter uma retomada dos embarques", afirmou. <b>Mais exportado</b> O café arábica foi o mais exportado em janeiro e fevereiro deste ano, com 4,461 milhões de sacas, ou 85,4% do total. O segmento do solúvel teve 600.184 sacas embarcadas, com representatividade de 11,5%, seguido pela variedade canéfora (robusta + conilon), com 159.080 sacas (3%) e pelo produto torrado e torrado e moído, com 5.251 sacas (0,1%).

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